Pouco antes de estrear no Torneio She Believes, o Brasil teve a notícia de que não poderia contar com as volantes titulares, Luana e Formiga, que não foram liberadas pelo PSG. Uma das opções para substituí-las foi Adriana, que joga como meia ofensiva pelo Corinthians. Na nova função, no entanto, a jogadora do Timão brilhou ao sofrer o pênalti que originou o primeiro gol e ainda marcou o dela na vitória de 3 a 1 sobre a Argentina.
“Fiquei impressionada pela forma como as jogadoras se resolveram [na ausência de Luana e Formiga] hoje [quinta-feira]. No primeiro tempo, tiveram um pouco de dificuldade, mas se olharmos o [lance do] primeiro gol, teve o avanço da Adriana [que sofreu a penalidade convertida por Marta]. No segundo tempo, ela também participou. Gosto quando ela participa do jogo e penso que ela só precisa se envolver [no jogo] um pouco mais, assim como a Júlia. Algo que gosto neste time é que, se as coisas não saem como o esperado, elas são flexíveis. Estou feliz com a maneira como as jogadoras saíram do banco”, declarou a técnica do Brasil, Pia Sundhage, em entrevista coletiva por videoconferência após a partida diante da Argentina.
No primeiro tempo, Adriana jogou como volante ao lado de Júlia Bianchi, que se destacou no Campeonato Brasileiro pelo Avaí Kindermann e foi contratada pelo Palmeiras. Bem posicionada no meio-campo do Brasil, a jogadora do Corinthians se destacou ao roubar a bola no setor defensivo e arrancar em velocidade para o ataque, local onde está mais acostumada a jogar.
Em uma jogada dessas saiu o primeiro gol do Brasil. Adriana arrancou do meio-campo e só foi parada por Cometti, que a derrubou dentro da área: pênalti. Aos 29 minutos, a rainha Marta bateu, a goleira Pereyra chegou a tocar na bola, mas ela entrou.
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Antes da jogada de Adriana que terminou no gol de Marta, o Brasil tinha apenas finalizado duas vezes contra o gol de Pereyra: uma com Tainara e outra com Debinha.
No segundo tempo, Pia Sundhage trocou Júlia Bianchi por Andressinha, que joga com Adriana no Corinthians. Ao lado da companheira, a camisa 14 continuou brilhando.
Mas antes que ela entrasse em ação, Debinha recebeu de Bia Zaneratto e marcou o segundo gol do Brasil logo aos dois minutos do segundo tempo.
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Aos oito, Adriana aprontou mais uma: roubou a bola no meio-campo, tabelou com Debinha, avançou, ficou cara a cara com Pereyra e tocou na saída da goleira para fazer 3 a 1.
A ótima partida de Adriana acabou aos 30 minutos, quando ela foi substituída por Geyse. Curiosamente foi a substituta dela que encerrou o placar. a jovem atacante recebeu de Cristiane e bateu forte para marcar o quarto gol do Brasil.
“Havia um espaço grande na frente da linha de quatro defensoras da Argentina que poderíamos ter aproveitado melhor. Quando fizemos, fomos perigosas. No segundo tempo, ganhamos confiança ao marcar os gols cedo. A maneira como os gols saíram foi muito boa. A chave é ter velocidade e ser compacto. Podemos melhorar no contra-ataque, sermos mais rápidas, sem perder a compactação”, analisou Pia Sundhage.
As atenções de Pia e companhia se voltam ao duelo com os Estados Unidos, atuais campeões mundiais. A partida contra as anfitriãs será neste domingo (21), às 17h, novamente no Exploria Stadium, em Orlando. Embora não tenha dado pistas das titulares, a técnica disse que mandará a campo uma equipe modificada. Um dos setores que pode ter alterações é a zaga. Nesta quinta, a dupla defensiva foi formada por Rafaelle e Tainara – Erika, que vinha atuando com Rafaelle nos últimos jogos da seleção feminina, não foi convocada por causa de uma lesão na coxa direita.
“A Rafaelle, como está jogando agora, será uma jogadora de classe mundial. Meu trabalho é saber com quem ela atuará. A escolhida terá de estar tão bem quanto ela. Tentaremos diferentes jogadoras, como a Tainará, que foi bem hoje. A Bruna [Benites] também se sente confortável por ali. Não podemos esquecer a Antônia, que é jovem e treinando conosco”, elencou Pia.
No gol, Aline Reis saiu jogando diante da Argentina e Lelê entrou no segundo tempo. Contra os Estados Unidos, Bárbara estará em campo. A titular da posição para valer é uma incógnita – inclusive para a técnica sueca.
“É importante poder observar tantas goleiras. Cada uma tem sua característica. No fim das contas, apenas duas serão convocadas [para a Olimpíada] e uma será reserva. Hoje, não sei quem é a titular. Elas estão lutando por essa vaga nos treinos com o Thiago [Mehl, preparador da seleção feminina] e nos jogos”, resumiu Pia.
Veja como foi: Brasil x Argentina – Torneio She Believes