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Futebol

Após goleada sobre Equador, Pia faz balanço anual da seleção

Técnica sueca elogiou a atuação das atletas brasileiras na goleada por 8 a 0 sobre o Equador, no último compromisso da seleção em 2020

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Pia Sundhage em ação pela seleção feminina no amistoso diante do Equador (Mariana Sá/CBF)

O Morumbi foi palco de mais um show de futebol por parte da seleção feminina. No último compromisso do ano, a equipe de Pia Sundhage goleou o Equador por 8 a 0 em jogo preparatório no Morumbi, em São Paulo. Em entrevista coletiva após o duelo, a técnica sueca elogiou o desempenho da equipe na partida.

“Eu acho que o primeiro tempo foi muito bom e o fato de termos começado bem significa muito para as jogadoras. Se você analisar os últimos dois jogos, vai achar que este primeiro tempo foi bem melhor. A velocidade do jogo, realmente, foi um pouco melhor comparada aos primeiros duelos. Mas não é só isso, a forma como marcamos os gols também. É muito importante sabermos fazer gols de formas diferentes. Mas eu quero que elas aumentam a velocidade ainda mais”, apontou.

Com a segunda vitória sobre o Equador, no Morumbi, a seleção feminina encerrou o calendário de 2020. Ao longo do ano, a equipe de Pia Sundhage esteve reunida em quatro oportunidades, sendo duas para jogos preparatórios e para dois períodos de treinos.

Para a sueca, apesar dos acontecimentos atípicos, devido a pandemia de Covid-19, esta foi uma temporada de bons aproveitamos e aprendizados.

“Cada jogo diz algo e ensina algo no qual temos que trabalhar. Então, eu adoraria ver a continuidade dos trabalhos. Acho que já achamos a base do nosso elenco e a ideia principal de jogo. Também acredito que agora as jogadoras estão mais confortáveis e já conseguem entender o que eu e a comissão esperamos delas na Seleção Brasileira. Agora temos o recesso, mas vamos manter o contato com as jogadoras e os técnicos. O ano não foi fácil para ninguém, mas acho que funcionou. A ideia é estarmos todas juntas na mesma página”, explicou Pia Sundhage.

Em destaque

Na noite de gala da seleção, Andressa Alves se destacou com dois gols e bela atuação contra as rivais sul-americanas. Após a partida, a jogadora da Roma ressaltou a importância de voltar a balançar as redes com a camisa do Brasil.

“Estava fazendo (falta), né? Vinha jogando, mas não vinha marcando. É sempre bom marcar, atacante vive de gol. Então sai zika (risos). Acredito que sim (hoje foi melhor). A gente manteve uma intensidade muito alta, conseguimos fazer o que a Pia queria, que é o mais importante. Então a gente sai bem feliz daqui”, destacou Andressa.

A meia vem dando muitas assistências sob o comando de Pia Sundhage, e brincou com a falta de gols. Andressa não marcava com a camisa da seleção desde o duelo com a Inglaterra, em março de 2019.

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Andressa Alves marcou gol diante do Equador (Mariana Sá / CBF)

Com a temporada de 2020 oficialmente finalizada, as atenções da seleção feminina, mais do que nunca, se voltam para os Jogos Olímpicos de Tóquio (adiados para 2021 por conta da pandemia). Tendo isso em mente, Andressa Alves celebrou seu gol e a atuação nesta terça-feira, como uma forma de deixar uma última boa impressão neste ano para Pia Sundhage.

“Acho que jogar bem, não só marcar (é fundamental para se consolidar). A gente sabe da qualidade que a seleção tem, ninguém tem lugar garantido, então todo jogo, principalmente para mim, é uma batalha. Tenho que me superar a cada jogo, buscar a minha vaga para poder estar na Olimpíada”, concluiu Andressa Alves.

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As novatas

As meias Ana Vitória e Julia Bianchi e a atacante Giovana foram as estreantes da vez e sentiram o gosto de defender a seleção principal.

Julia Bianchi é um exemplo do que Pia Sundhage deseja para a seleção. Polivalente, a jogadora do Avaí/Kindermann já passou por diversas posições na carreira. A atleta tem em seu currículo atuações como lateral-direita no Mundial Sub-17 de 2012, como volante no Sul-Americano Sub-17 de 2013 e como zagueira no Mundial Sub-20 de 2014. Hoje, na posição de meia e emocionada após o jogo, Julia falou sobre seu gol na estreia do comando da técnica sueca.

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Júlia Bianchi, do Avaí/Kindermann, estreou na seleção (Mariana Sá / CBF)

“Eu fico extremamente feliz, tem sido um ano muito bom para nós como equipe (Avaí/Kindermann) e para mim, principalmente. Então fico muito feliz de vir para cá, mostrar meu trabalho, ter a confiança da Pia e de toda comissão para entrar, e mais feliz ainda por marcar e ajudar a equipe no resultado final da partida”, declarou a meia da equipe catarinense e da seleção.

Titular

Ana Vitória, meia do Benfica foi, inclusive, a única das três a começar a partida diante do Equador como titular. Cria da Seleção Sub-17 e 20, Ana Vitória explicou a magnitude de atuar ao lado de jogadoras que foram referência para ela em seus primeiros passos como atleta.

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Meia do Benfica, Ana Vitória também estreou na seleção principal (Mariana Sá / CBF)

“Era uma oportunidade muito esperada, muito esperada mesmo. Há muito tempo venho me preparando para isso. Fiquei muito feliz e contente por estar jogando ao lado das meninas que eu cresci admirando e espelhando. Então só tenho realmente que agradecer a Deus”, exaltou a meia de apenas 20 anos.

Sonho realizado

Assim como Ana Vitória, Giovana pôde viver sua primeira experiência com a seleção principal. Com apenas 17 anos de idade, a jogadora do Barcelona destacou a oportunidade concedida por Pia e também afirmou que o momento é de comemoração por um sonho realizado.

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Atacante do Barcelona, Giovana tem apenas 17 anos (Mariana Sá / CBF)

“Estou muito feliz pela vitória, por ter ajudado o time. Agora é aproveitar o momento, porque é o último dia, então vamos aproveitar. Estou muito feliz e bastante emocionada, porque é meu primeiro jogo com a principal. Sempre foi um sonho, desde pequenininha, jogar na seleção do Brasil”, admitiu Giovana.

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