O futebol feminino vem pouco a pouco conquistando seu espaço no meio esportivo. No entanto, o caminho à percorrer rumo a uma real condição de igualdade ainda é longo. Uma das principais atletas da modalidade no país, a zagueira Érika Cristiano ainda vê uma enorme diferença na realidade vivida pelos gêneros no esporte.
“As mulheres precisam batalhar muito mais para conquistar uma pequena parcela do reconhecimento obtido pelos homens. É disparada a diferença entre o futebol masculino e o feminino”, avaliou a defensora em entrevista ao “Site de Apostas”.
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Apesar da enorme diferença, a atleta que defende as cores do Corinthians reconhece que os últimos anos trouxeram passos importantes nesse sentido de igualdade.
“Tivemos uma melhora gigantesca, mas nós temos muito ainda o que evoluir. E não é só o futebol feminino, é tudo e toda profissão que envolve a mulher. Todo mundo sempre fala que somos o país do futebol, mas só do futebol masculino”, avaliou.
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Com uma larga experiência no futebol nacional e internacional, além de várias convocações para a seleção brasileira, Erika acredita que as mulheres estão começando a ter mais voz e acredita que essa união entre as atletas precisa estar presente no futebol brasileiro.
“A gente precisa se unir no futebol feminino para aumentar nossa voz, coisa que aqui no nosso país ainda estamos começando. Eu quero muito brigar pelo futebol feminino, quero muito levantar essa bandeira. Estamos um passo atrás, mas estamos andando. Antes a gente parava e dava passos para trás, agora estamos indo para frente e aos poucos nós vamos trotando, tendo a iniciativa.”
Lembranças vivas
Em sua carreira, Erika viveu na pele algumas dessas mudanças recentes do futebol feminino. No ano passado, a atleta disputou a decisão do Campeonato Paulista pelo Timão e atuou para o maior público de uma partida entre dois clubes brasileiros na modalidade.
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“Em 2019 nós fomos campeãs do Campeonato Paulista contra o São Paulo. Eu jamais imaginei, com 32 anos, eu dentro de campo vestindo a camisa do time que eu amo e colocar 30 mil pessoas no estádio”, relembra.