Em live promovida pela FPF (Federação Paulista de Futebol), a árbitra Edina Alves, que integra o quadro da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) e da FIFA (Federação Internacional de Futebol) comentou sobre o começo da carreira. Apesar dos desafios e da falta de apoio, Edina falou o que pensa sobre a profissão. “Nada é impossível para ninguém”.
O ano de 2019 foi marcante para Edina Alves. Após ter conseguido ser assistente em algumas partidas de Série A em anos anteriores, a árbitra deu o “passo a mais” na carreira. Na Copa do Mundo de futebol feminino de 2019, realizada na França, a brasileira foi a primeira do país a ser relacionada para as listas de arbitragem do torneio. Na competição, Edina trabalhou em quatro partidas.
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Após o torneio, a árbitra apareceu para o cenário nacional. Após 15 anos, uma mulher apitou uma partida de série A do futebol brasileiro, quando Edina Alves foi escalada para o duelo entre CSA e Goiás. Contudo, engana-se quem pensa que a caminhada foi pequena até este momento.
“Foi difícil porque minha família também achava que era uma coisa que não era legal para mim, não me apoiaram no começo, mas eu quis e estava muito determinada. Tenho que agradecer muito ao pai de uma amiga minha, porque foi ele que me levou para arbitragem. Quando entrei para trabalhar na minha primeira partida, como bandeirinha, a adrenalina que senti, sabia que viveria na arbitragem. Comecei fazer jogos amadores e logo em seguida entrei para o curso da Federação”, explicou.
O cenário mudou
Após o crescimento da cobertura do futebol feminino nos últimos anos e o crescimento profissional de Edina Alves na arbitragem, o cenário mudou. Atualmente a FPF possui uma turma em seu curso de arbitragem somente com mulheres. Sobre isso, Edina Alves é direta.
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“Nada é impossível para ninguém. Hoje em dia, muitas pessoas falam que são poucas mulheres como árbitras, mas nós temos que nos dedicar um pouco mais que os homens, por conta da diferença física entre nós, mas quando queremos mesmo, conseguimos conquistar. Está vindo muita menina boa por aí, daqui alguns dias não vai ser uma outra que vai trabalhar no futebol de elite, vai ter um número considerável e, principalmente, com qualidade”, afirmou.