A coroação do tetracampeonato mundial dos Estados Unidos na Copa do Mundo feminina 2019 também foi um sucesso fora de campo na França, segundo relatório da FFF (Federação Francesa de Futebol). A entidade entende que o evento deixou legado social e econômico para o país.
O relatório, divulgado um ano após a realização da Copa do Mundo feminina, aponta que cerca de 1,2 milhão de pessoas, entre franceses e estrangeiros, compareceram aos jogos e mais de um bilhão de fãs espalhados pelo mundo assistiram às transmissões.
“A primeira satisfação é ter provado que uma competição de futebol feminino pode ganhar apoio popular e ajudar a mudar a percepção do futebol feminino”, disse Noel Le Graet, presidente da FFF e do Comitê Organizador.
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Impacto social
De acordo com a FFF, a Copa do Mundo na França renovou o programa de acessibilidade para pessoas com deficiência e mobilidade limitada, modernizando o serviço de transportes que davam acesso aos estádios. Durante os jogos, comentários áudio-descritivos das partidas foram desenvolvidos para fãs cegos e com visão parcial.
Também foi publicado guia de linguagem não discriminatória para a mídia, sobre o futebol feminino, e colocado em prática um programa de desenvolvimento profissional realizado em colaboração com o ‘Service Civique’, serviço voluntário que atende jovens com deficiência.
Força econômica
O estudo, realizado e consolidado nos últimos meses pela FFF, revela os ganhos com o evento. A Copa do Mundo feminina 2019 deu uma contribuição direta, indireta e induzida de € 284 milhões (mais de um R$ 1,7 bilhão) para o PIB da França.
O relatório também afirma que a contribuição média para o PIB por espectador foi de € 142 euros (R$ 852). Para cada euro gasto, as nove cidades-sede e regiões da competição se beneficiaram com um retorno do investimento entre € 2 a € 20 de contribuição para o PIB francês.
Gianni Infantino, presidente da FIFA, disse que “a Copa do Mundo Feminina França 2019 foi um sucesso sem precedentes, quebrando inúmeros recordes dentro e fora do campo. Em linha com o compromisso da FIFA de organizar torneios de maneira sustentável, este relatório destaca ainda o impacto duradouro e o legado da França 2019. Não apenas para o futebol feminino, mas também para a economia local e a sociedade.”
Em 2023
E o próximo país-sede da Copa do Mundo feminina já está definido. Aliás, os países, já que a candidatura conjunta de Austrália e Nova Zelândia venceram a concorrência e juntas vão sediar a próxima edição do evento.
O Brasil também estava na disputa, as retirou sua candidatura antes do anúncio oficial.
