O recurso da seleção americana de futebol feminino para apelar contra a rejeição de seus pedidos por igualdade salarial diante da federação nacional foi negado na terça-feira (23).
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O juiz R. Gary Klausner, da Califórnia, disse que o apelo precisa esperar até que as reivindicações restantes —incluindo serviços médicos, viagens e treinamento— prossigam para o julgamento. O mérito será analisado em 15 de setembro.
No mês passado, o juiz rejeitou as alegações de que as jogadoras estavam recebendo menos em comparação com a seleção masculina. A porta-voz das jogadoras, Molly Levinson, disse que a decisão “significa simplesmente que um recurso pode demorar mais para ser apresentado”.
“Pretendemos recorrer da decisão da corte, que não leva em consideração o fato central neste caso. As jogadoras foram pagas em valores menores do que os homens que fazem o mesmo trabalho”, afirmou ela.
Nem tudo foi negado
Apesar da notícia ruim nas últimas audiências, o juiz não negou o pedido da seleção feminina que diz respeito às discriminações feitas pela Federação Americana de Futebol dos Estados Unidos (USSF) em relação ao dinheiro gasto com empresas aéreas, hotéis, acomodações, medicamentos e equipamentos esportivos. As jogadoras alegam que a USSF gasta mais com os homens nessas áreas do que com as mulheres.
A seleção americana de futebol feminino é a atual bicampeã mundial. Já venceu a Copa do Mundo quatro vezes e foi medalha de ouro em quatro dos seis torneios olímpicos da modalidade. Já a masculina nem se classificou para a Copa de 2018. Seu melhor resultado em Copas foi um terceiro lugar em 1930, no Uruguai, e tem dois pódios olímpicos em St. Louis-1904, quando participou com duas equipes.
As jogadoras tentarão apelar para que a decisão sobre a igualdade salarial seja revertida, algo que adiará o julgamento final para 2021 ou depois.