Siga o OTD

Futebol

Atletas da seleção exigem direito de protesto durante hino nos EUA

Proibição de se ajoelhar está em vigor desde 2017. Atletas pedem que a federação local admita erro ao impor a determinação e ainda peça desculpas

Seleção dos EUA - Rapinoe - Kaepernick - Protesto - Hino - Federação dos EUA
Rapinoe é uma das vozes mais ativas do esporte dos EUA em questões sociais (Twitter/mPinoe)

Em meio às manifestações antirracistas que tomam as ruas dos Estados Unidos, a seleção de futebol feminino dos EUA daquele país veio a público pedir a revogação da determinação que proíbe que atletas se ajoelhem em forma de protesto durante a execução do hino.

A seleção dos EUA também quer que a federação afirme publicamente que a determinação estava estava errada e que peça desculpas aos jogadores e torcedores negros da equipe.

“Para que exista uma relação positiva no futuro, acreditamos que a US Soccer deve se desculpar e oferecer uma admissão de má conduta. Acreditamos que a Federação deve apresentar planos de como apoiará o movimento que tentou silenciar há quatro anos”, disse a seleção em comunicado.

Segundo a agência de notícias AFP, a federação de futebol dos EUA já está considerando revogar a regra controversa, que está em vigor desde 2017.

Início dos protestos

Tudo começou quando a capitã da seleção, Megan Rapinoe, se ajoelhou durante o hino em duas partidas da equipe em 2016. O motivo era expressar solidariedade ao jogador Colin Kaepernick. Na época, ele se ajoelhou durante o hino no jogos da NFL para, assim, aumentar conscientização sobre a brutalidade policial e injustiça racial.

+ SIGA O OTD NO FACEBOOKINSTAGRAMTWITTER E YOUTUBE

A Federação de Futebol dos EUA aprovou, então, uma política em fevereiro de 2017 que afirmava que os jogadores “devem permanecer em pé respeitosamente” durante os hinos nacionais.

O protesto de Kaepernick recebereu fortes críticas do presidente Donald Trump à época, e o levou ao ostracismo na NFL. Hoje, no entanto, tornou-se um símbolo dos protestos nos Estados Unidos e no mundo, após o assassinato do de George Floyd por um policial branco.

Mais em Futebol