Em meio às manifestações antirracistas que tomam as ruas dos Estados Unidos, a seleção de futebol feminino dos EUA daquele país veio a público pedir a revogação da determinação que proíbe que atletas se ajoelhem em forma de protesto durante a execução do hino.
A seleção dos EUA também quer que a federação afirme publicamente que a determinação estava estava errada e que peça desculpas aos jogadores e torcedores negros da equipe.
“Para que exista uma relação positiva no futuro, acreditamos que a US Soccer deve se desculpar e oferecer uma admissão de má conduta. Acreditamos que a Federação deve apresentar planos de como apoiará o movimento que tentou silenciar há quatro anos”, disse a seleção em comunicado.
Segundo a agência de notícias AFP, a federação de futebol dos EUA já está considerando revogar a regra controversa, que está em vigor desde 2017.
Início dos protestos
Tudo começou quando a capitã da seleção, Megan Rapinoe, se ajoelhou durante o hino em duas partidas da equipe em 2016. O motivo era expressar solidariedade ao jogador Colin Kaepernick. Na época, ele se ajoelhou durante o hino no jogos da NFL para, assim, aumentar conscientização sobre a brutalidade policial e injustiça racial.
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A Federação de Futebol dos EUA aprovou, então, uma política em fevereiro de 2017 que afirmava que os jogadores “devem permanecer em pé respeitosamente” durante os hinos nacionais.
O protesto de Kaepernick recebereu fortes críticas do presidente Donald Trump à época, e o levou ao ostracismo na NFL. Hoje, no entanto, tornou-se um símbolo dos protestos nos Estados Unidos e no mundo, após o assassinato do de George Floyd por um policial branco.