Na madrugada desta terça-feira (25), a Seleção feminina de futebol desembarcou no aeroporto de Guarulhos com uma recepção animada de torcedores que foram demonstrar apoio e agradecer ao esforço. A eliminação da Copa do Mundo Feminina na França foi contra as anfitriãs nas oitavas de final, o jogo equilibrado mostrou toda a garra das jogadoras verde e amarelas.
O evento foi organizado por Andreza Delgado, 23 anos, com apoio da TB&CO junto com a NIKE, que ofereceram o transporte, e do Itaú, que distribuiu alimentos. “Eu espero que tudo isso traga mais visibilidade pro esporte, é sobre isso. E não só as mulheres da Seleção Brasileira, mas esse incentivo pras meninas que vem aí, isso é muito importante”, comenta Andreza. Com dois ônibus partindo da Estação de República do metrô em São Paulo, a torcida não parou de cantar e de fazer presentes pra chegada das atletas.
A Seleção feminina de futebol foi dividida em dois voos vindos de Paris (França), um chegou às 4h55 e o segundo às 6h25. Oito jogadoras desceram do primeiro, entre elas, Cristiane, mas a atacante não teve como parar para participar da festa de boas vindas pois tinha que fazer exames na coxa devido a lesão sofrida no jogo de domingo. As demais atletas desse voo, Tamires, Raquel, Ludmila, Poliana e Letícia Santos não hesitaram em tirar fotos, autografar roupas ou gravar vídeos para quem as pedisse.
O segundo voo aterrissou com o técnico Vadão, que não ouviu nenhuma comemoração por parte dos torcedores presentes. Já Tayla, Geyse, Mônica e Daiane ouviram ecos pelos corredores do aeroporto antes mesmo de desembarcarem. A goleira Bárbara foi a última a aparecer e fechou com chave de ouro sentada no chão para cantar junto com as dezenas de mulheres que lá compareceram.
A zagueira Daiane se emocionou ao receber a medalha feita durante a madrugada pelas mulheres que estavam esperando pela equipe. “Essa medalha aqui vale mais do que qualquer…” e antes mesmo que pudesse terminar a frase, gritos de apoio e agradecimentos dos torcedores presentes tomaram conta do Terminal 3.
Uma das torcedoras, Giovanna Laís Souza Amaral, tem 17 anos e joga meio de campo. Em todos os momentos do desembarque, ela ficava dividida entre tantas atletas que chegavam, corria para todos os lados na esperança de arrancar um autógrafo ou uma conversa rápida. “Acredito que essa garra que elas têm pode motivar muitas garotas a alcançar os objetivos, me motiva. Por isso que eu falo: não para de nos motivar a sermos mais fortes”.
O dia ainda não acabou para a maioria dos torcedores que lá foram agradecer à Seleção feminina de futebol. Foram trabalhar logo em seguida, sem se importarem com a tinta no rosto ou as olheiras dos olhos. “Eu estou com tanta energia que vou trabalhar sorrindo hoje”, comentou Giovanna.
