O Brasil sofreu, mas venceu o Japão e ficou com a taça do Torneio de Toulon, tradicional competição na França. O jogo, neste sábado (15), foi decidido nos pênaltis após empate por 1 a 1 nos noventa minutos regulamentares. Anthony abriu o marcador para o Brasil aos 19 minutos do primeiro tempo e Ogawa empatou vinte minutos depois.
Nas penalidades, a seleção olímpica brasileira converteu as cinco que bateu e viu Ivan pegar a última do Japão, perdida por Hatate. Final, 5 a 4 e festa verde e amarela.
Foi o nono título brasileiro em nove finais disputadas na competição. Já o Japão deixou escapar sua primeira conquista. O México ficou em terceiro. Venceu a Irlanda, também nos penais, por 4 a 3 após empate sem gols.
A garotada da #SeleçãoOlímpica na hora de levantar a taça!
É CAMPEÃO! É CAMPEÃO! pic.twitter.com/BD4n4Kt6fk
— CBF Futebol (@CBF_Futebol) 15 de junho de 2019
A campanha da seleção no Torneio de Toulon foi incontestável. Foram quatro vitórias e um empate, com 16 gols marcados e somente um sofrido. Matheus Cunha foi o artilheiro do campeonato com quatro gols, seguido por Paulinho e pelo japonês Hatate, ambos com três.
Duelo duro
Foi o primeiro jogo durante todo o Torneio de Toulon em que o Brasil enfrentou um adversário que o ameaçou. O Japão começou o jogo marcando no campo de ataque e por duas vezes conseguiu roubar a bola e oferecer perigo.
Na primeira Iwasaki chegou ao fundo pela direita, mas o cruzamento ficou na zaga, e na segunda Hatate conseguiu bater, mas sem direção.
Passado o abafa japonês, a seleção olímpica brasileira começou a tocar a bola com mais calma e foi achando espaços. Em um deles, Anthony recebeu de Matheus Cunha pelo meio, na entrada da área, e tocou na saída do goleiro. O atacante do São Paulo parecia um pouco adiantado no lance, mas o bandeirinha confirmou o gol.
Atrás no marcador, os asiáticos voltaram a subir a marcação, mas sem muita eficiência. O Brasil seguia acionando o ataque pelas pontas e levava mais perigo que os rivais. Tudo parecia controlado, até que em uma bola fácil o zagueiro Murilo cortou mal de cabeça e ela sobrou para Ogawa acertar uma paulada de sem pulo. Foi o primeiro, e único, gol sofrido pelo Brasil no torneio.
No segundo tempo o time japonês voltou melhor e ficou com a posse por mais tempo. Colocou o Brasil em dificuldades para sair com a bola e levou perigo, especialmente com Ogawa levando vantagem sobre Murilo. Em uma das vezes, recebeu na entrada da área e bateu firme para defesa importante de Ivan.
A seleção brasileira levou pouco, ou quase nenhum, perigo no segundo tempo. Só no início, em um chute de dentro da area de Pedrinho após boa bola de Anthony, e nos minutos finais, em um levantamento que ficou pendurado na frente da meta, com o goleiro Obinna já vencido.