Quem vê Formiga atuando em campo, às vezes, até esquece que ela tem 41 anos, recém completados neste domingo (3). Corre, desarma, avança, chuta, está por todas as partes, e em todos os momentos do jogo. Essa é Formiga, para os mais chegados, Miraíldes Mota. A história dela e da Seleção Feminina até se confundem, impossível imaginar o Brasil sem ela. Já são 24 anos vestindo a Amarelinha, não é por menos que seja a atleta, entre homens e mulheres, que mais vezes atuou com a camisa brasileira. A volante caminha para a sétima Copa do Mundo, outro recorde que carrega, nenhum atleta chegou a esse nível.
Formiga é uma referência, seja para as companheiras de equipe, comissão técnica, ou mesmo para as adversárias. Na Seleção Brasileira é uma unanimidade. Entre todas atletas, é uma das jogadoras que percorre a maior distância nos jogos, em média 10,5 km, sendo que 1,6 km são em corridas de alta intensidade, e realiza em média 65 sprints por partida (corridas acima de 20k/h), dados analisados pelo fisiologista Luciano Capelli. No Paris Saint-Germain, time que atua há dois anos, é a capitã e tem a confiança do treinador, Patrice Lair, dentro de campo.
“A gente só tem noção do que representa quando para. Quando você está na ativa, só pensa no que faz no dia a dia. Quando dá aquela pausa, começa a perceber o que representa naquilo que faz”, confessa Formiga.
No dia do aniversário, Formiga recebeu uma homenagem das companheiras de equipe. Enquanto dava entrevista para a CBF TV, a volante foi surpreendida com a invasão das jogadoras cantando parabéns. Emocionada, agradeceu a surpresa e fez um lindo discurso sobre aquilo que deseja para o futuro.
