O Brasil encerrou a sua participação na primeira semana dos Jogos Olímpicos de Inverno da Juventude Gangwon 2024 nesta quinta-feira (25). O país esteve representado pelos irmãos gêmeos Alice e Arthur Padilha na prova de slalom do esqui alpino. Ambos não conseguiram passar por todas as portas do percurso e acabaram ficando sem classificação. Apesar disso, Arthur, que pegou um top-40 na prova do slalom gigante, acredita que disputar a competição é um fator determinante para seu futuro como atleta.
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“Estar aqui em Gangwon foi uma oportunidade muito boa para mim. Aprendi muito sobre mentalidade e esportividade. Sai daqui com vontade de voltar ter uma experiência olímpica um dia. Estou mais motivado para melhorar no esqui e ter resultados cada vez melhores”, contou Arthur, que tem 16 anos de idade.
Os irmãos nasceram no Rio de Janeiro, mas hoje residem em Killington, Vermont, nos Estados Unidos. Alice, que também não completou a descida no slalom gigante, contou que a experiência foi importante para ter noção do seu nível competitivo ao enfrentar as melhores atletas do mundo em sua faixa etária.
“Não consegui terminar a descida, mas tenho certeza que estar nos Jogos da Juventude trouxe muitos novos ativos para mim. Cheguei aqui com um pouco de medo porque tinha vários atletas muito bons. Mas agora estou mais tranquila, porque sei que tenho potencial para poder chegar ao nível das melhores. Quero treinar mais para melhorar. Vou para a pista todos os dias e vou fazer tudo que eu puder para evoluir”, disse Alice Padilha.
Saldo geral
Não terminar a descida é algo comum no esqui alpino. Na prova do slalom gigante feminino, apenas 43 das 79 atletas conseguiram fazer as duas descidas. No masculino, 50 de 79. Já no slalom, só completaram a prova 44 de 78 mulheres e 40 de 78 homens. Além disso, como motivação para Alice e Arthur, Michel Macedo também não completou as provas de slalom e slalom gigante em Lillehammer 2016, mas seguiu treinando e competindo e acabou conseguindo representar o Brasil em Pyeongchang 2018 e Pequim 2022.
“O slalom e o slalom gigante são duas disciplinas muito técnicas, sem margem para nenhum erro. É possível encontrar diversos atletas de alto nível, tanto estrangeiros como brasileiros, que não terminaram provas em Jogos. Como isso é do esporte, para esses casos buscamos sempre fazer uma avaliação do desempenho esportivo que o atleta apresentou na pista”, afirmou Pedro Cavazzoni, chefe de equipe dos esportes de neve em Gangwon 2024.
“Competir em um evento de nível olímpico logo na primeira temporada internacional traz uma experiência muito valiosa para os atletas. Para o Arthur e a Alice, o principal objetivo era conseguir atingir um desempenho esportivo do mesmo nível do que eles apresentam em competições menores que os classificaram para os Jogos. Nas análises técnicas junto aos treinadores, vimos que eles atingiram esse nível”, analisou.
Histórico na modalidade
Essa é a terceira vez que o Brasil disputa o esqui alpino em Jogos Olímpicos de Inverno da Juventude. Além de Michel Macedo, 15º no Super-G, em Lillehammer 2016 e Arthur e Alice Padilha em Gangwon 2024, o país teve Eliza Nobre e Tobias Macedo, ambos de 15 anos, competindo no esqui alpino, nas provas de slalom especial e slalom gigante. Macedo terminou na 33ª posição no geral do slalom especial, enquanto Eliza foi a 42ª colocada no slalom gigante.
*De Comitê Olímpico do Brasil (COB)