Na última competição do Brasil antes dos Jogos Paralímpicos de Inverno de Pequim 2022, o país voltou a subir ao pódio. André Barbieri, que vai representar a equipe brasileira no Parasnowboard, conquistou uma prata e um bronze na etapa da Copa do Mundo realizada em Big White, no Canadá, entre 11 e 12 de fevereiro.
O brasileiro competiu em duas provas de snowboardcross LL1 (amputados acima do joelho). Nessa modalidade, os atletas descem uma pista com curvas e rampas até a linha de chegada. Na primeira disputa, ficou com a prata, atrás apenas do canadense Tyler Turner. No dia seguinte, foi bronze – ouro novamente para Turner, com o estadunidense Tyler Burdick em segundo.
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“’Bem vindo ao paraíso’ é o nome dessa Copa do Mundo, e foi mesmo! Obrigado a todos envolvidos”, escreveu o atleta no Instagram.
Foi a última competição do Parasnowboard antes do Jogos Paralímpicos de Inverno de Pequim 2022, que começará em 4 de março. Por conta disso, a disputa foi esvaziada: apenas quatro atletas estiveram presentes na categoria de André Barbieri, todos da América do Norte.
Mesmo assim, isso não tira o feito do brasileiro. Tyler Turner, por exemplo, é o atual campeão mundial do snowboardcross. Já Tyler Burdick, que perdeu para André na primeira prova, conquistou o bronze no último Mundial, realizado em 21 de janeiro de 2022.
Vai ser a terceira participação do Brasil no parasnowboard
André Barbieri é o responsável por manter a evolução do Brasil no snowboard paralímpico. Sua participação em Pequim 2022 vai ser a terceira do país na modalidade. Antes, André Cintra competiu nos Jogos Paralímpicos de Sochi, em 2014, e PyeongChang, em 2018 – e um dos principais responsáveis por desenvolver o esporte paralímpico de inverno por aqui.
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Foi a partir da vontade de André em competir no Campeonato Aberto de Snowboard da CBDN, em 2012, que a entidade resolveu abraçar o desporto paralímpico. Ele foi o primeiro atleta a conseguir vaga para o Brasil nos Jogos Paralímpicos, quando o parasnowboard ainda era uma modalidade dentro do paraesqui alpino.
Com apoio do Brasil, a modalidade se expandiu desde então. Não apenas virou uma modalidade própria na estrutura do Comitê Paralímpico Internacional, como ganhou divisões mais justas de categorias. Agora, os atletas são separados nas categorias LL (amputados acima do joelho) e UL (amputados abaixo do joelho).
País vive bom momento no esporte paralímpico de inverno
As medalhas de André Barbieri dão mais confiança para a equipe brasileira que vai disputar os Jogos Paralímpicos de Inverno de Pequim 2022. A participação do país já é histórica com a classificação de seis atletas. Além de André, estão convocados Cristian Ribera, Guilherme Rocha, Robelson Lula, Wesley Santos e Aline Rocha no paraesqui cross-country.
Não bastasse isso, os resultados obtidos na temporada aumentam a expectativa. André Barbieri, por exemplo, se credencia para a melhor posição do país no Parasnowboard. Cristian Ribera foi prata no Sprint no Mundial Paralímpico em janeiro de 2022. Já Aline Rocha ganhou dois bronzes na última etapa da Copa do Mundo de sua modalidade.
“Uma participação que vai ser épica porque não tenho dúvidas de que será histórica”, sintetizou Mizael Conrado, presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro, durante anúncio dos convocados para Pequim 2022.
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