(Pequim) Em entrevista a mim na Vila Olímpica, Sabrina Cass levou um pequeno susto ao saber o que a palavra honra significava em português. Mas ela não titubeou na resposta: sim, era uma honra ser a primeira atleta do país no Moguls e servir como inspiração para jovens. Mas ídolos não se fazem apenas com sorrisos e conquistas, mas também com certa dose de decepção.
A atleta aprendeu essa dura lição na segunda rodada classificatória do Moguls feminino nos Jogos Olímpicos de Pequim 2022.Ela sabia o que precisava fazer para melhorar sua nota e tinha a habilidade necessária para isso. Mesmo assim, o problema do primeiro dia voltou a aparecer e não conseguiu a tão sonhada vaga à primeira final.
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“Pensei que ia conseguir melhorar o que eu tive de dificuldade da última vez. Nos treinos estava indo bem, mas na competição não consegui fazer”, comentou a brasileira antes de deixar as lágrimas caírem em entrevista na zona mista de competições.
Sabrina Cass nem desconfia ainda, mas o choro que a fez ficar sozinha, sentada na neve, logo após a eliminação no Moguls, é o de quem amadureceu com essa experiência. Ela tinha um objetivo, não o conquistou e estava sofrendo. Mas nos próximos dias, quando o turbilhão olímpico passar, vai percebe que se tornou uma atleta ainda melhor do que já era.
Com 19 anos, a brasileira tem toda a carreira pela frente. Afinal, essa temporada foi apenas a primeira vez que teve a chance de participar de todo o circuito da Copa do Mundo. “Tento não pensar lá na frente para me concentrar aqui”, disse ao Olimpíada Todo Dia um dia antes da prova.
Bom, agora o horizonte já aparece sorrindo para ela – e com novos desafios e planos pela frente.
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Sabrina Cass tem consciência do que quer na carreira
A primeira lição da experiência olímpica, aliás, foi assimilada ainda em meio à tristeza pelo resultado na classificatória do Moguls em Pequim 2022. Não importa o esforço, a preparação e o planejamento: no esporte, há dias em que o seu melhor não vai ser suficiente – e não há nenhum problema nisso.
“Fiquei mais nervosa aqui do que nas Copas do Mundo, mas era quase a mesma coisa. Aprendi que não preciso ficar tão tensa. Eu já esquiei um milhão de vezes e já fiz meus saltos um milhão de vezes. Então, vou levar isso comigo agora” afirmou Sabrina Cass também na zona mista.
Sentir nervosismo em uma estreia olímpica deveria ser encarado com naturalidade – e não como um problema. Atletas não são máquinas e, assim como todos nós, também sentem o frio da barriga diante da realização de um sonho. A única obrigação que possuem é com eles mesmos: obter o melhor desempenho na prova. As vitórias – e derrotas – são consequências.
É hora de seguir em frente
Nesse processo de amadurecimento, a brasileira já dá sinais de que compreendeu que a vida segue. No Instagram, agradeceu novamente o apoio dos torcedores brasileiros e já falou em iniciar sua preparação para as etapas finais da Copa do Mundo de Esqui Moguls – ela disputa as duas últimas etapas na Itália e na França em março.
Depois disso, é hora de tirar as merecidas férias, descansar e planejar os novos objetivos. Sabrina Cass pode até não gostar de pensar no futuro, mas os próximos anos se revelam promissores para ela.
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