Neste domingo (6), o Brasil estreia no esqui cross-country em Pequim-2022. Manex Silva, de 19 anos, será o primeiro atleta do país a competir na modalidade, que tem representantes brasileiros nos Jogos Olímpicos de Inverno desde Salt Lake-2002. Ele irá estrear na inédita prova de esquiatlo, que combina os dois estilos de esquiar, o clássico e skating, percorrendo uma distância de 15km em cada um. Isso representa quatro voltas no circuito no Centro Nacional de Esqui Cross-Country, em Zhangjiakou.
“É uma prova nova para mim e que vai exigir muito. Vamos fazer os primeiros 15km, trocamos de esquis, botas e bastões e começamos os outros 15km. O meu foco maior é no Sprint, fiz minha primeira prova de 50km ano passado. Mas como ganhei o direito de participar das quatro competições, vou fazer todas”, explicou Manex. Jaqueline Mourão e Eduarda Ribera, as outras representantes do Brasil no esqui cross-country, fazem a primeira competição no próximo dia 08.
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Quando diz que ganhou o direito, ele não está exagerando. Pela primeira vez na história, um atleta brasileiro do esqui cross-country conseguiu se classificar para os Jogos Olímpicos com o índice A, abaixo dos 100 pontos FIS. Manex Silva foi, inclusive, o primeiro a conseguir tal feito. Aos 19 anos, ele já tem outras grandes marcar como o top-40 nos Jogos Olímpicos da Juventude Lausanne-2020, o melhor sul-americano na competição. Apesar das marcas expressivas ainda jovem, Manex sabe que ainda tem uma jornada de evolução pela frente.
“O nível do esqui cross-country no Brasil está cada vez mais elevado, não só pelos meus desempenhos, mas também pelos outros atletas que estão treinando muito e competindo cada vez melhor. Foi muito bom ter um adversário como o Steve (Hiestand) na busca pela vaga em Pequim-2022. Então apesar de não termos nos visto muito durante a temporada, porque participamos de competições diferentes, a verdade é que ter um bom adversário te motiva mais a alcançar o objetivo”, disse o atleta.
História do Brasil
Em termos de posição final, os melhores resultados do Brasil na modalidade são de Franziska Becskehazy, nos 10km, e Alexandre Penna, nos 50km, ambos em 57º em Salt Lake-2002. Mas como o número de atletas era menor em 2002, é preciso analisar os pontos FIS.
Nesse caso, os melhores desempenhos no Distance são, então, de Jaqueline Mourão e Leandro Ribela em Vancouver-2010 com 172,88 e 238,02, respectivamente. Os dois também possuem a melhor pontuação no Sprint, ambas em Sochi-2014, com 242,73 para Mourão e 303,93 para Ribela.
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“Para mim, estar em Pequim-2022 é uma etapa do meu processo de desenvolvimento. Ainda tenho muito trabalho por fazer. Sei que sou muito novo e ainda não estou no nível dos melhores. Mas acredito que com muita dedicação, foco e treino, chegarei a um patamar mais alto daqui a alguns anos”, comentou. Nada mal pra quem se habituou ao frio e à neve, tendo saído do coração da Floresta Amazônica.
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