Os Jogos Olímpicos de Pequim-2022 estão chegando. Nessa quarta-feira, 27 de outubro de 2021, faltam apenas 100 dias para a Cerimônia de Abertura. Seis meses depois, novamente teremos a chance de acompanhar uma edição olímpica – e motivos para torcermos e vibrarmos com a edição de inverno não faltam.
Ainda que receba uma quantidade menor de atletas (15 mil x 3 mil) e tenha menos disputas de medalhas (339 x 109), os Jogos de Inverno também representam uma importante celebração do esporte. Os valores, exemplos, símbolos e, claro, contradições que observamos nos Jogos de Verão também acontecem nesta disputa.
Pouco a pouco, os Jogos de inverno estão rompendo barreiras nos trópicos e atraindo fãs e atletas de países que não possuem um frio tão rigoroso assim, como é o caso do Brasil. Foi um movimento iniciado na década de 80 e que começa a trazer importantes frutos, transformando o evento em algo global de fato.
No fim das contas, os Jogos Olímpicos acontecem sim de dois em dois anos. Se nós, brasileiros, ainda não estamos acostumados a isso, talvez os Jogos de Pequim-2022 representem a oportunidade perfeita de assimilar que esporte e olimpíada vão muito além daquilo que estávamos acostumados.
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Por que acompanhar os Jogos de Pequim-2022?
Faz uma década, mais ou menos, que os esportes de inverno começaram a ganhar espaço na cobertura jornalística brasileira. Desde os Jogos de Vancouver, em 2010, as modalidades receberam maior atenção midiática – o que foi impulsionado também pela evolução das tecnologias de comunicação.
Assim, os Jogos Olímpicos de Inverno passaram a fazer parte do calendário esportivo entre torcedores e patrocinadores. Mas é possível ampliar esses números de audiência e engajamento. Confira dez motivos para acompanhar a próxima edição dos Jogos de Inverno:
#1 – Expectativa de delegação recorde do Brasil
Em Pequim-2022, a equipe brasileira tem boas chances de quebrar o recorde de atletas classificados. Atualmente, essa marca pertence aos Jogos Olímpicos de Sochi, em 2014, com 13 competidores (e mais dois reservas no Bobsled). Agora, o Brasil pode levar até 18 atletas, mas é provável que o número fique entre 14 e 15.
#2 – Chances de bons resultados para os brasileiros
Não é só em quantidade que o Time Brasil pode estabelecer novas marcas. Em termos de qualidade a expectativa também é positiva aos Jogos de 2022. Ainda que uma medalha seja improvável, há possibilidades de Top 15/Top 20 para diversos atletas, como Sabrina Cass no Moguls, o conjunto 4-man no Bobsled e Nicole Silveira no Skeleton.
#3 – Novatos e veteranos na equipe brasileira
Quem acompanhar os Jogos Olímpicos de Inverno também poderá acompanhar o surgimento de novos nomes nos esportes de inverno do Brasil. Sabrina Cass, os irmãos Dominic e Sebastian Bowler, Marina Tuono e Manex Silva se destacam e estão lado a lado de veteranos já conhecidos, como Edson Bindilatti, do bobsled, e Jaqueline Mourão, do esqui cross-country.
#4 – Evolução brasileira no esporte
Sim, os esportes de inverno estão crescendo no país. Quando Pequim-2022 estiver acontecendo, o Brasil vai comemorar trinta anos de sua estreia no programa olímpico de inverno. Se em Albertville-1992 foi necessário convidar os atletas brasileiros, agora somos nação emergente em diversas modalidades de neve e gelo.
#5 – Valorização de atletas e modalidades
Os torcedores gostam de acompanhar os atletas de seus países e/ou regiões. É uma atitude natural, mas como o Brasil (ainda) não tem chances de medalhas, os Jogos de Inverno representam uma rara oportunidade para a torcida acompanhar e se encantar pela beleza e emoção que esportes e atletas têm a oferecer.
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#6 – Primeira cidade a receber os Jogos Olímpicos de Verão e de Inverno
Pequim é a primeira cidade a sediar uma edição dos Jogos Olímpicos de Verão (em 2008) e de Inverno (em 2022). Dessa forma, poderemos acompanhar novamente espaços icônicos, como o Estádio Nacional (Ninho de Pássaro) e o Cubo D’Água, local onde César Cielo foi campeão olímpico na natação, e que se transformou no Cubo de Gelo para receber as competições de Curling!
#7 – Esportes diferentes da nossa realidade
Os Jogos de Pequim-2022 também trazem modalidades que os torcedores brasileiros não estão acostumados a assistir. O Curling é o exemplo clássico. Qual outro esporte combina granito no formato de chaleira e vassouras na neve? Mas há também o Biatlo, que reúne esqui com tiro esportivo, a Patinação de velocidade em pista curta e os Saltos de Esqui.
#8 – Ídolos globais do esporte
Nem só de Usain Bolt, Simone Biles e Michael Phelps vive o programa olímpico! Há inúmeros atletas de inverno que também são ídolos globais e atraem atenção midiática por onde passam. A esquiadora Mikaela Shiffrin, o patinador artístico Yuzuru Hanyu e a snowboarder Ester Ledecká são grandes sensações.
#9 – Hóquei profissional está de volta
Após uma ausência sentida em 2018, os profissionais da NHL, a liga norte-americana profissional de hóquei no gelo, confirmaram presença nos Jogos Olímpicos de 2022. Assim, a modalidade deve contar com força máxima, principalmente com as estrelas do Big Six (Canadá, Estados Unidos, Tchéquia, Finlândia, Suécia e Rússia).
#10 – Realidade bem diferente
Por fim, os Jogos de Pequim-2022 também reforçam uma realidade bem diferente para os torcedores brasileiros. A começar pela temporada, que começa normalmente em outubro em vez do início do ano. Também há modalidades com regras diferentes, como a pontuação FIS que vai do menor para o maior, e até preparação que precisa combinar esportes de verão, como o ciclismo para a patinação de velocidade e o atletismo para o Bobsled.