A brasileira Nicole Silveira conquistou um resultado histórico para o Brasil nos Jogos Olímpicos de Inverno. Foi a 13ª colocada no skeleton em Pequim 2022, o segundo melhor do país no evento atrás apenas do nono de Isabel Clark no snowboard em Turim-2006 e o melhor em esportes de gelo. Tudo isso com apenas três anos e meio de prática da modalidade e necessidade de dividir o tempo de preparação com a profissão de enfermeira. Sendo assim, permite-se sonhar com uma quase impensável medalha brasileira daqui a quatro anos, em Milão-Cortina.
“Foi um resultado histórico, mas eu não me dei conta. Como uma atleta competitiva, quero sempre mais e fui para os Jogos como uma ideia de ser top oito, então 13º não foi chegando ali. Mas se eu parar para pensar, resumir a minha carreira, que foi curta, de 3 anos de meio, com atletas que já estão lá de seis a 20 anos de experiência, é muito bom. Eu e meu treinador temos objetivos anotados, ele tem um livrinho, e estamos na frente de onde ele esperava estar hoje”, falou Nicole Silveira. “Estou muito animada pro que vai ter na frente. Se eu conseguir seguir desta forma nos próximos quatro anos, o objetivo vai ser um pódio para as Olimpíadas da Itália em 2026.”
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Apoio financeiro
Ela sabe, porém, que não vai ser fácil. “Para chegar nesse nível vão ser necessárias várias outras coisas, principalmente apoio financeiro, porque o esporte é caro e para ser competitiva, contra a Alemanha ou Rússia, vai ser necessário achar patrocínio e colaboradores financeiros”, diz. No verão, Nicole Silveira precisa atualmente se dedicar à carreira de enfermeira para pagar as contas. Com um patrocínio, pretende focar mais em ser atleta para desenvolver o treinamento, especialmente a largada do skeleton. “É um esporte difícil, mas eu tenho um controle basicamente total. Aprendi que gosto de ter esse controle”, completa.
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Torcida no Brasil
Nicole Silveira falou um pouco também da primeira participação olímpica no skeleton, em Pequim 2022. “Tentei ter a melhor experiencia que eu podia ter lá. Por conta da pandemia, muitas coisas foram diferentes, não podiam ser feitas, então tentei aproveitar tudo que eu podia fazer, e fazer na hora certa”, conta, sem esquecer de destacar o apoio que teve dos brasileiros. “Ter essa torcida enorme. Eu esperava que fosse ter de amigos próximos, familiares. Senti o Brasil inteiro vibrando, e ser essa pessoa que uniu o Brasil, dessa forma, foi uma honra mesmo. Não imaginava ter essa torcida toda. Levei ela toda comigo nas descidas.”