(Pequim) Grande estrela da patinação artística feminina em Pequim 2022, Kamila Valieva foi liberada para competir nos Jogos Olímpicos. No centro de um escândalo de doping, a jovem russa teve uma decisão favorável no Tribunal Arbitral do Esporte (TAS) na madrugada dessa segunda-feira, dia 14, no horário de Brasília.
A patinadora de 15 anos testou positivo para uma substância proibida em dezembro de 2021. Entretanto, o caso só veio à tona após a competição por equipes da patinação artística em Pequim 2022. Nos últimos dias, ela manteve sua rotina de treinos mesmo sem saber se poderia participar do programa curto, na madrugada de 14 para 15 de fevereiro no Brasil.
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Agora, Kamila Valieva finalmente pode se dedicar exclusivamente em sua apresentação na disputa individual – antes desse imbróglio, ela era a principal favorita ao título da competição. Além disso, a equipe do Comitê Olímpico Russo não vai perder a medalha de ouro conquistada na modalidade por equipes.
Contudo, a liberação para competir em Pequim 2022 não significa o fim do processo de doping. A decisão do TAS deliberou exclusivamente a suspensão da atleta nos Jogos Olímpicos. Isso significa que ela pode sofrer punições no futuro em decorrência desse teste positivo, o que inclui suspensão por um período de tempo e até a perda do título do campeonato russo.
Quais os motivos apresentados pelo TAS?
O Tribunal apresentou dois argumentos em favor da suspensão da punição da atleta durante Pequim 2022. Primeiro, o painel lembrou que a patinadora é uma “pessoa protegida” no código da agência mundial antidopagem por ter menos de 16 anos. Ou seja, ela não pode ser considerada responsável por seus próprios atos.
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Além disso, considerou os princípios fundamentais de justiça, proporcionalidade, dano irreparável e equilíbrio entre as partes. Em suma: suspender Kamila Valieva de participar dos Jogos Olímpicos poderia causar danos irreparáveis à atleta, uma vez que ela ainda está sujeita à punição e não testou positivo no evento.
Argumentou também que as regras antidoping são omissas em relação à suspensão de pessoas consideradas protegidas. Por fim, afirmou que há sérios problemas em torno da notificação deste teste que afetam a capacidade da atleta de estabelecer requisitos legais para seu benefício – uma vez que a notificação tardia não tenha sido culpa dela.
Entenda o caso envolvendo Kamila Valieva
Uma das principais atrações dos Jogos Olímpicos de 2022, a patinadora russa de 15 anos entrou para a história logo em sua primeira apresentação. Na disputa por equipes, executou dois saltos quádruplos e se tornou na primeira mulher a fazer isso em uma edição olímpica. O problema é que, depois disso, sua vida virou de ponta cabeça.
No mesmo dia em que deveria receber a medalha de ouro por equipes, foi descoberto que Kamila Valieva testou positivo para trimetazidina. A substância é recomendada para problemas cardíacos, mas é proibida pela agência mundial antidopagem. O teste aconteceu em 25 de dezembro de 2021, mas só foi divulgado em 8 de fevereiro.
A Rusada, laboratório russo antidoping, suspendeu a atleta provisoriamente – o que a impediria de competir na prova individual em Pequim 2022. Entretanto, retirou a suspensão no dia seguinte após reclamação da equipe técnica da Rússia. O COI, a ISU e a WADA entraram com recurso no Tribunal Arbitral do Esporte para reverter essa suspensão, sem sucesso.
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