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Pequim 2022

Resultado histórico já faz Nicole Silveira olhar para o futuro

Após conquistar o segundo melhor resultado do país em Jogos Olímpicos de Inverno, brasileira do skeleton já almeja desempenho melhor em 2026

Nicole Silveira bandeira Brasil
Nicole Silveira fez história com a 13ª colocação no skeleton feminino em Pequim 2022 (Alexandre Castello Branco/COB)

Nicole Silveira e o treinador Joseph Cecchini possuem um caderno em que anotam os objetivos de cada temporada. Ao longo dos últimos quatro anos, a brasileira sempre esteve à frente dessas projeções. Tão à frente que ela já vislumbra novos feitos após conquistar o segundo melhor resultado do Brasil na história dos Jogos Olímpicos de Inverno.

Tão comedida em fazer prognósticos durante a temporada, a atleta da CBDG reconhece que a marca obtida durante os Jogos de Pequim 2022 é uma motivação a mais para o próximo ciclo olímpico. A próxima disputa olímpica será na Itália, em 2026, com sedes em Milão e Cortina d’Ampezzo.

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“No primeiro ano o objetivo era chegar e não sabia se continuaria para 2026. Os anos foram passando e, agora, 2026 é certeza que vou continuar e, quem sabe, até 2030. Ontem, na primeira descida, eu tinha potencial de estar no Top 5, então se eu continuar me desenvolvendo, os próximos quatro anos serão especiais”, afirmou.

Ela colocou o pódio como um objetivo provável. A expectativa se espelha em exemplos reais. A australiana Jaclyn Narracott, prata no skeleton em Pequim 2022 aos 31 anos, foi apenas a 16ª colocada há quatro anos, em PyeongChang/2018, quando tinha 27 – exatamente a mesma idade de Nicole Silveira hoje.

Agora, porém, é momento de descansar e celebrar a experiência olímpica. Tão envolvida na competição, Nicole admite que a “ficha ainda não caiu”. Mas a rotina de entrevistas, compromissos e eventos, que ainda surpreendem a brasileira, certamente farão parte de sua rotina nos próximos quatro anos.

Nicole Silveira vê espaço para crescimento e sonha com medalha

O resultado de gente grande pode enganar, mas a representante brasileira do skeleton ainda pode ser considerada uma iniciante na modalidade. Seus primeiros treinos irão completar quatro anos em março, quando ela resolveu trocar a experiência de um ano no Bobsled pelo projeto de experimentar o esporte para a CBDG.

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O que se viu em quatro temporadas foi uma evolução gigantesca em um curto espaço de tempo. Se nas primeiras provas o objetivo era fugir das últimas classificações da Copa América, hoje Nicole Silveira está no grupo de competidoras que terminam no Top 15 das principais provas da modalidade – incluindo Jogos Olímpicos de Inverno.

“Vendo o que eu consegui aprender e o que eu consegui fazer aqui, me mostra que eu tenho potencial e que tem muito ainda o que aprender. Para as próximas já estou animada e já quero começar de novo”.

História da brasileira atrai repercussão internacional

Ao fim da prova, os atletas passam pela zona mista, local onde são entrevistados pelos jornalistas. Normalmente, os aletas conversam com a imprensa de seu país e um ou outro especializado no esporte. Entretanto, após a prova de Skeleton, todos queriam saber um pouco mais daquela atleta que ganhou destaque nas redes sociais dos Jogos Olímpicos.

Nicole Silveira atraiu atenção internacional durante os Jogos Olímpicos de Pequim 2022. Sua trajetória conectada ao esporte (fez futebol, vôlei, ginástica, rugby, fisiculturismo), a carreira de enfermeira, com atuação na linha de frente da Covid-19 no Canadá, e até seu namoro com a belga Kim Meylemans, rival nas pistas, renderam boas histórias.

“Às vezes eu paro para pensar e não acredito no número de pessoas que estão comigo e que eu trouxe o Brasil para cá. A quantidade de mensagens e vídeos e o fato de estar na televisão em tudo o que é canal, eu nunca imaginaria isso acontecer”.

Nicole Silveira corrida 1 Skeleton
Nicole Silveira durante corrida de Skeleton em Pequim 2022 (Wander Roberto/ANOC Olympic)

Nicole Silveira como porta-bandeira na Cerimônia de Encerramento?

Pelas regras e protocolos chineses contra a Covid-19, o atleta tem 72 horas para deixar o país após o encerramento de sua participação nos Jogos Olímpicos de Pequim 2022. Entretanto, não está claro se há exceções a essa regra, como o convite para ser porta-bandeira da Cerimônia de Encerramento.

O fato é que o desempenho da Nicole Silveira já a coloca como o principal nome para receber essa honraria do Comitê Olímpico Brasileiro. Caso tenha disponibilidade, ela ficaria na Vila Olímpica até o final do evento, em 20 de fevereiro, e seria a responsável por entrar com a bandeira do país.

A definição normalmente ocorre nos últimos dias, mas a indicação ganhou um apoio de peso. Isadora Williams, porta-bandeira da Cerimônia de Encerramento nas últimas duas edições olímpicas, já declarou seu apoio no Twitter. “Meu voto é para a Nicole ser a porta-bandeira de encerramento em Pequim 2022”.

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