O primeiro dia do Campeonato Regional das Américas de paraesgrima foi recheado de medalhas para o Brasil. Neste sábado (22), no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, Jovane Guissone e Rayssa Veras conquistaram a medalha de ouro individuais nas provas de sabre B e espada A, respectivamente. O ouro também veio por equipes, nas provas de sabre masculino e espada feminina.
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Mas não foi só isso. Kevin Damasceno arrebatou a prata no sabre A, enquanto Carminha Oliveira (espada A), Monica Santos (espada B) e Fabio Luiz Damasceno (sabre A) subiram ao pódio para receber suas medalhas de bronze. No total, os brasileiros fecharam o dia na competição que vale pontos para o ranking mundial com quatro medalhas de ouro, uma de prata e três de bronze.
Sabre masculino
A primeira medalha dourada veio com Jovane Guissone, que mesmo não jogando em sua principal arma, faturou o sabre B. O campeão paralímpico passou por algumas dificuldades na pule, avançando com a quinta melhor campanha, mas se encontrou no decorrer dos jogos. “Não comecei bem na pule, perdi dois combates, mas no desenrolar da competição fui acertando”, relatou.
A final foi contra o argentino Hugo Alderete, quando Guissone teve uma atuação segura, obtendo 15 toques contra 6 para levar o ouro pra o Brasil. “Estou muito feliz com esta medalha no sabre”, reconheceu. “Sempre digo que o sabre é uma arma que me chama a atenção, que sempre curti muito e estou feliz de aprender cada vez mais, jogando melhor”, enalteceu o campeão.
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Ainda no sabre, o garoto prodígio Kevin Damasceno continua surpreendendo. Com apenas 18 anos, conquistou a medalha de prata na disputa da categoria A. Na decisão do ouro, foi superado pelo canadense Ryan Rousell por 15 toques a 8. E para a sua alegria, Kevin compôs o pódio ao lado de seu pai, Fabio Luiz Damasceno, que garimpou um bronze na mesma prova.
Já na competição por equipes, Kevin uniu forças com Vanderson Chaves e Alex Sandro Souza para ajudar o Brasil a alcançar mais uma medalha dourada, batendo aos Estados Unidos na decisão por 45 a 17.
Espada feminina
Na espada feminina A, Rayssa Veras teve uma campanha irrepreensível até chegar à medalha de ouro. A atleta venceu todos os duelos que disputou, incluindo a final contra a norte-americana Shelby Jensen, batida por 15 toques a 4. “Fui buscando um toque de cada vez e construindo o jogo a partir disso”, descreveu. “Joguei tranquila, sem sentir peso ou obrigação”, acrescentou a esgrimista paralímpica, que conquistou sua primeira medalha de ouro internacional.
Medalha que a credencia para sonhos maiores e mais ousados, como representar o Brasil nos Jogos Paralímpicos de Paris, em 2024: “Estou no início de um novo ciclo, onde sempre tem coisas a melhorar. Sempre vou estar insatisfeita com algo e nunca será o suficiente”, confessou. “Estou vivendo 100% para a esgrima. É só nisso que eu consigo pensar e meu foco está totalmente em Paris”, concluiu.
Ainda na espada feminina A, Carminha Oliveira conquistou o bronze, vendendo caro a vaga na final para a norte-americana Shelby Jensen, por 15 a 14. Na espada feminino B, Monica Santos avançou a semifinal, sendo superada em 15 a 12 pela canadense Trinity Lowthian. Também faturou uma medalha de bronze.
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E foi atuando com as três medalhistas que o Brasil conquistou o ouro na prova por equipe. Tal qual no sabre masculino, na espada feminina a final foi contra os Estados Unidos e o resultado ao final dos nove duelos foi o mesmo, mudando apenas o placar. Desta vez a vitória veio por 45 a 26.