A competição mais importante de esgrima está prestes a começar. O Campeonato Mundial de esgrima deste ano inicia nesta sexta-feira (15) e segue até o próximo dia 23, quando os melhores atletas do planeta entram em ação no Cairo, no Egito, sede do evento. Ao todo, 20 brasileiros em todas as três armas – espada, florete e sabre – defendem o país na competição, a primeira depois do início da pandemia de Covid-19. Um torneio que traz ótimas lembranças aos brasileiros de sua última edição.
Em 2019, na cidade de Budapeste, na Hungria, Nathalie Moellhausen guarda sua recordação mais preciosa. Foi lá que a brasileira alcançou um feito inédito para a esgrima nacional ao ter ficado com o título mundial da prova de espada. Também no país europeu, Guilherme Toldo obteve o seu melhor resultado em Mundiais, caindo no quadro de 16.
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E se as lembranças positivas carregam esperança de um grande resultado, existem outros bons motivos para acreditar. A principal atleta da espada do Brasil também tem grandes recordações de Cairo. Foi na “Cidade dos Faraós”, que Nathalie disputou a sua última competição internacional, o Grand Prix de Espada (realizado em abril deste ano). Na ocasião, ela ficou entre as 15 melhores da competição.
Toldo, por sua vez, empilhou grandes atuações no florete masculino e conseguiu marcas expressivas para o Brasil nos últimos meses. A primeira delas foi a sexta colocação (segunda melhor marca brasileira na arma) na Copa do Mundo de Belgrado, na Sérvia, em abril deste ano. No mesmo mês, ele ficou na 11ª posição na Copa do Mundo de Plovdiv, na Bulgária. Um pouco depois, ele repetiu a campanha no Grand Prix de Florete, em Incheon, na Coreia do Sul.
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Delegação fortalecida
De atletas consagrados a jovens talentos, o Brasil conta com uma mescla em sua delegação: Nathalie Moellhausen, Victória Vizeu, Ginevra Giordano e Mariana Correia na espada feminina; Alexandre Camargo na masculina; Bia Bulcão, Mariana Pistoia, Rafaella Gomes e Ana Toldo no florete feminino; Guilherme Toldo, Paulo Morais, Ricardo Pacheco e Lorenzo Mion na masculina; Luana Pekelman, Pietra Chierighini, Isabela Carvalho e Giulia Gasparin no sabre feminino; e Bruno Pekelman, Rafael Lee e Renato Saliba no masculino.
Um time que não vive apenas de Nathalie e Toldo e que tem destaques em todas as armas, podendo beliscar bons resultados e colocações inéditas em várias armas.
Bia Bulcão vai para o Mundial com uma boa rodagem internacional. A floretista foi uma das brasileiras que mais disputou competições no estrangeiro em 2022, com cinco torneios disputados, sendo quatro edições de Copa do Mundo. Nacionalmente, a brasileira acumula no ano dois ouros (Copa Porto Alegre 250 anos e 2º Torneio Adulto – 95 anos CBE) e uma prata (1º Torneio Adulto – 95 anos CBE).
O líder do ranking nacional na espada masculino, Alexandre Camargo, vem se preparando em Roma, na Itália, para poder dar um salto de qualidade. O atleta já alcançou a fase principais de dois torneios internacionais em 2022 e pretende fazer bonito no Cairo.
No sabre masculino, Bruno Pekelman venceu quase tudo que disputou nacionalmente no ano. Ainda na família, só que agora no sabre feminino, Luana Pekelman também vem bem nacionalmente em 2022. A brasileira foi medalhista de prata da Copa Porto Alegre 250 anos e de ouro no 1º Torneio Adulto – 95 anos CBE.
Disputa por equipes
O Brasil também está no páreo em cinco de seis torneios por equipes do Campeonato Mundial Adulto. Com exceção da espada masculina, o país compete em todas as armas e naipes: espada feminina; florete masculino e feminino; e sabre masculino e feminino.