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Tóquio 2020

Copa do Mundo servirá de termômetro para os Jogos Paralímpicos

Brasil terá quatro atletas na Copa do Mundo de esgrima em cadeira de rodas, a primeira competição internacional após mais de um ano e meio parados

Copa do Mundo de esgrima
Arquivo pessoal

Os Jogos Paralímpicos de Tóquio já estão no radar dos atletas do Brasil. Mas antes, haverá ainda uma preparação de luxo: a Copa do Mundo de Esgrima em Cadeira de Rodas, que começa nesta quinta-feira (8) e vai até domingo (11) em Varsóvia, na Polônia. Mais do que isso, é o retorno das competições internacionais para os brasileiros, após mais de um ano e meio parados.

A Copa do Mundo vai funcionar como um termômetro para os quatro atletas do Brasil, que participarão dos Jogos: Jovane Guissone, Vanderson Chaves, Mônica Santos e Carminha Oliveira. A competição vai reunir atletas de alto nível a pouco menos de dois meses para o início dos Jogos Paralímpicos deste ano. Segundo o chefe de equipe da Seleção, Ivan Schwantes, será um “teste para ver como estão os brasileiros e os europeus, que retornaram aos treinos antes do Brasil”. A delegação conta ainda com o técnico Eduardo Nunes, o auxiliar técnico Marco Xavier e o médico Thiago Righetto.

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Aliviando a tensão

O momento é importante, segundo o técnico Nunes, não só tecnicamente, mas também psicologicamente. O treinador explica que é este o momento de quebrar o gelo após a parada em razão da Covid-19. A Copa do Mundo vai ajudar os atletas a “tirarem essa ansiedade e tensão”.

“Além de atualizar o ranking, que está parado desde a última prova, vai servir para eles voltarem ao ritmo de competição. E vai servir para fazer uma avaliação de como eles estão, de como estão os adversários que eles vão enfrentar. Apesar de ser uma prova oficial, é uma boa preparação para os Jogos”, reforça Nunes.

Dentre o grupo que vai à Europa está a paranaense Carminha Oliveira. Ela espera reverter seus treinamentos em bons resultados na volta das competições, reconhece o prejuízo trazido pela pandemia, mas conta que não deixou de treinar nesse período, apesar das restrições. Depois de uma semana de treinamentos intensivos, ela ressalta que o objetivo é “fazer o melhor para representar o país”.

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“É um momento de muita alegria por essa conquista. É uma volta muito esperada. Já são quase dois anos que a gente não tem competições. Vai ser muito importante para a gente chegar ainda mais preparado para os Jogos de Tóquio”, afirma a atleta. “Espero ter um bom desempenho pelo que eu fiz durante a semana de treinamentos intensivos, quero ter um bom resultado”, completa Carminha.

Legado olímpico

Motivada a buscar um esporte depois dos Jogos do Rio, em 2016, ela conseguiu uma rápida evolução e vai a Tóquio para disputar sua primeira Paralimpíada. Seu sonho é conquistar uma medalha e dedicar para sua mãe, seu pai e sua irmã.

“Vai ser o momento de olhar para trás, ver toda a trajetória e saber que valeu a pena, para vivenciar tudo aquilo. Vai ser maravilhoso. Ver atletas de todo o mundo e saber que você se preparou e conseguiu a vaga vai ser um misto de alegria e emoção”, finaliza a esgrimista.

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