Segurança, confiança e o sentimento de ter cumprido todas as etapas necessárias para um bom retorno. Guilherme Toldo passa exatamente esta impressão ao falar do Grand Prix de Florete, em Doha, no Catar, que começa na sexta-feira (26), com a participação dele, de Bia Bulcão e Rafaela Gomes representando o Brasil. A competição, que fecha o ranking olímpico do florete, pode carimbar o passaporte do gaúcho para os Jogos de Tóquio.
Com os norte-americanos garantidos pelo ranking mundial de equipes (ocupam a primeira colocação do ranking olímpico do florete masculino) e o Canadá entrando como equipe das Américas, Guilherme Toldo briga para ser o melhor atleta individual entre os demais países do continente. Atualmente, ocupa essa posição com boa vantagem, em 24° no ranking olímpico, com 72 pontos. O venezuelano Victor Leon é o rival mais próximo, em 61°, com 24,375 pontos.
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Toldo prefere ainda não falar de classificação e focar apenas em um grande desempenho neste final de semana. Ele tem boas razões para estar confiante. Desde a metade do ano passado, voltou a treinar no Frascati Scherma, da Itália, além de ter feito estágio com a seleção da Espanha, com apenas um breve intervalo de descanso no Brasil durante o final de 2020.
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“Consegui me organizar muito bem, no sentido de planejar um treinamento físico, alinhado com meu treinamento técnico. Fiz treinamentos bem produtivos, bem interessantes, tive um bom acompanhamento com meu psicólogo. Gostei muito do meu rendimento nos últimos períodos. Aproveitei ao máximo, fico contente de ter evoluído dentro dos parâmetros que coloquei como meta e estou bem confiante para esta prova”, explica o atleta.
Aos 28 anos, portanto no auge de sua carreira, Toldo conta com uma equipe multidisciplinar que o acompanha: o técnico Fabio Galli, o preparador físico Rodrigo Ferrari, o psicólogo Marcio Marques e o fisioterapeuta Jean Verducci. Faz questão de destacar o trabalho de todos e acredita que o resultado aparecerá. A meta é a tão sonhada medalha olímpica, que ficou bem próxima nos Jogos do Rio.
O brasileiro está há 13 meses sem atuar oficialmente em competições internacionais, por conta da pandemia de Covid-19. Poderíamos esperar um atleta com um frio na barriga neste momento de retomada. Mas ele encara com total naturalidade mais um desafio.
“Me preparei muito bem para este momento. Acabei fazendo uma avaliação muito sensata, sobre quando poderia acontecer uma nova participação. Me adaptei muito bem nessa situação, com objetivos e metas nesse desafio da nova realidade. Me sinto muito tranquilo, muito bem. Tem uma certa ansiedade interna de competir, a vontade de estar competindo nas pistas novamente. Mas estou muito pronto, com uma ansiedade boa para entrar em pista e conseguir um resultado legal”, finaliza.