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Nathalie Moellhausen enfrenta japonesa na estreia da Copa do Mundo de espada

Campeã mundial de espada em 2019, Nathalie Moellhausen encara Honami Suzuki na primeira rodada da Copa do Mundo de Kazan neste domingo

nathallie mollhausen

Cabeça de chave número 2 da etapa de Kazan da Copa do Mundo de espada, a campeão Mundial de 2019, Nathalie Moellhausen, disputa o torneio neste domingo a partir da fase de 64. A brasileira vai enfrentar na estreia a japonesa Honami Suzuki, que conseguiu a classificação para o mata-mata nas eliminatórias disputadas neste sábado.

Nathalie Moellhausen é a grande esperança de medalha do Brasil não só em Kazan, mas também nos Jogos Olímpicos para os quais já está classificada. Ela permaneceu treinando em Paris, na França, durante quase toda a pandemia. O foco está em Tóquio e a competição deste domingo será um dos poucos momentos onde poderemos avaliar as possibilidades para cumprimento da meta de subir no pódio.

Porém, o mestre Marcos Cardoso faz um alerta sobre as condições desta Copa do Mundo, com muitos atletas sem competir há 15 meses. Uma situação bem diferente do comum.

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“É, talvez, a competição mais atípica de todos os tempos, é difícil prever o que pode acontecer. É um torneio acontecendo depois de muito tempo, sem todos competirem, onde os atletas tiveram condições diferentes de treinamento. Alguns países saíram mais rapidamente das restrições, enquanto em outros o problema se agravou mais tarde e continua, como é o nosso caso. Em São Paulo, estamos há um ano com carga reduzida ou com treinos em casa. Estamos longe de voltar ao que era antes. As condições foram muito adversas, é uma competição que pode ter muitas surpresas, muitos resultados diferentes”, explica.

Sobre os adversários de Nathalie Moellhausen na disputa, Cardoso também não é capaz de ter um desenho claro do que a atleta enfrentará: “Não temos referência recente dos outros atletas. A Nathalie é nossa atleta que gera maior expectativa, está sempre brigando por medalhas. No geral, é difícil fazer um prognóstico, marcar um objetivo. Vai ser um teste para todo mundo”.

Adversária da brasileira na primeira rodada, Honami Suzuki venceu dois de seis jogos na fase de poules e foi para o mata-mata qualificatório, onde venceu a polonesa Martyna Swatowska por 15/12 e a cazaque Ulyana Balaganskaya por 15/11 para avançar para a fase de 64.

Assim como Honami Suzuki, duas brasileiras participaram das qualificatórias neste sábado. Com seis derrotas nos poules, Marcela Silva foi eliminada, enquanto Amanda Simeão avançou com duas vitórias e quatro derrotas. No mata-mata, no entanto, a esgrimista foi eliminada na primeira rodada pela argentina Isabel Di Tella por 15/11.

“Não vou negar que fiquei com uma super vontade de mais. Estava morrendo de saudades dessa sensação de competir, de me colocar à prova novamente! Obviamente, gostaria de ter entrado para as melhores 64 do mundo, mas não estou me cobrando um grande resultado, porque durante a pandemia, e com minha mudança de clube, acabei treinando pouco. Mas estou muito feliz pelas sensações que tive em pista e muito motivada para os meus próximos desafios”, disse Amanda, após a disputa deste sábado.

“A Amanda fez uma boa competição. Iniciou num ritmo muito bom. Na poule, teve três combates decididos na prioridade. Significa que foram combates muito disputados. Todos os confrontos na poule dela foram equilibrados. Na eliminatória, acabou perdendo num detalhe. Em um momento do combate, a Amanda se desconcentrou um pouco e a argentina abriu alguns toques de vantagem. Isso fez a diferença, pois ela precisou correr atrás com o tempo terminando. No geral, ela fez uma boa competição”, explica o técnico Marcos Cardoso.

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