Principal nome do florete masculino brasileiro, o gaúcho Guilherme Toldo retornou para a Itália há pouco mais de um mês com a confiança em alta. Resultado de um trabalho feito durante os meses sem competições de esgrima, logo após o início da pandemia, com o pensamento de manter a preparação em alto nível e estar pronto para o que possa acontecer.
Toldo mora em Roma e atua no Frascati Scherma, há nove temporadas. No entanto, durante o período mais crítico da pandemia o atleta esteve no Brasil, já que após deixar o país europeu para disputar o Grand Prix de Anaheim, nos Estados Unidos (cancelado) e encontrou as fronteiras fechadas.
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Apesar de ter ficado longe do seu local tradicional de treino, Toldo sabia que precisava manter o condicionamento enquanto esteve no Brasil. Agora que já retomou o ritmo intenso de treinos na Europa, ele mostra que teve uma decisão acertada anteriormente.
“Voltei a treinar aqui no dia 29 de agosto. Acabei aproveitando esse período para fazer uma preparação mais comprida, até aumentar a carga depois. E o mais legal é que passei a perceber os estímulos do meu corpo, que se adaptou melhor aos treinamentos quando retornamos, com o aumento da intensidade”, explica o esgrimista.
Com 28 anos, Toldo é o 26° colocado no ranking mundial. Sua classificação para os Jogos Olímpicos está bem encaminhada, já que é o melhor atleta das Américas no ranking, sem contar os norte-americanos, que devem classificar a equipe diretamente. Dessa forma, gaúcho ficaria com a vaga individual do continente.
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Apesar de já vislumbrar o retorno às competições da esgrima, Guilherme Toldo ainda não tem uma data definida para voltar a competir. Mesmo assim, o esgrimista mantém uma preparação de alto padrão, que o deixa seguro para um grande desempenho para quando for necessário.
“O nível aqui é muito alto. Não houve muita mudança na nossa rotina na Itália. Claro, tomamos todos os cuidados, mas acho que a principal modificação na nossa rotina são os horários específicos de treinamentos e algumas restrições de acesso. A Europa vive uma ameaça de segunda onda do coronavírus, o que nos traz um pouco de incertezas em relação aos torneios”, diz Toldo.