Nesse especial que o Olimpíada Todo Dia preparou para o Dia dos Namorados, já contamos diversas histórias de relacionamentos de atletas que inspiram, mostram como funciona o namoro nos tempos modernos, provam que não há distância para o amor, dentre outras. Hoje, contaremos um pouco do charme brasileiro que conquista os gringos. Entrevistamos os parceiros estrangeiros de Nathalie Moellhausen, campeã mundial na esgrima, e de Baby Futuro, uma das principais jogadoras de rúgbi do Brasil.
+ Jackie Silva e Baby futuro relembram Rio 2016
As duas atletas tem histórias um pouco diferentes com seus companheiros. Baby Futuro e o namorado sul-africano/brasileiro Devon Muller se encontraram por causa do rúgbi. Já Nathalie Moellhausen conheceu Natalio Simionato na rua de casa, em Milão, e descobriu na primeira conversa que o homem de nome engraçado e parecido era o seu vizinho.
+ Treinos online de Nathalie fazem sucesso na FIE
A atleta, que adiou a aposentadoria pelos Jogos de Tóquio, conheceu o namorado dentro do campo de rúgbi. A primeira troca de olhares aconteceu em 2016, logo depois dos Jogos Olímpicos, em um treino no núcleo de alto rendimento (NAR-SP). Apesar de Devon Muller olhar e já ter toda a atenção em Baby Futuro, as coisas demoraram um pouco para acontecer.
Começo enrolado
“Nos vimos a primeira vez no camp de treinos no fim de 2016, mas fomos conversar só no ano seguinte. O Devon voltou no começo de 2017 da África do Sul e em outro camp a conversa fluiu. Chamei ele para sair e tomar uma cerveja, ele aceitou, a gente ficou pela primeira vez e depois disso não nos largamos mais. Era nove de fevereiro e virou nossa data de namoro”, comentou Baby.
Classificada para a Olimpíada de Tóquio, Nathalie Moellhausen “trombou” com o marido no meio da rua. “Um dia voltando para casa, em 2012, ele me parou na rua perto de casa. Se apresentou, disse que o nome dele era Natalio e eu descobri que ele era era meu vizinho. Para sair e tudo demorou um pouco, uns três meses, mas ele me conquistou pela boca”.
A visão deles
Natalio Simionato é argentino. Filho de italianos, chefe de cozinha e marido do maior nome da esgrima brasileira, Natalio não nega suas origens e, mesmo dividindo a vida com Nathalie, deixa claro seu amor pela Argentina. “Só consegui ir com ele ao Brasil uma vez, na Olimpíada de 2016. Apostei com ele que se conseguisse a vaga ele teria que ir vestido com as cores do Brasil e da Argentina, e ele deu um jeito para cumprir”.
+ SIGA O OTD NO FACEBOOK, INSTAGRAM, TWITTER E YOUTUBE
Motivação extra
Entre um exercício e outro, Devon ganhou uma motivação extra para terminar a série. “Eu estava treinando e vi uma mulher muito linda no campo. Depois disso eu só consegui me dedicar ao máximo para terminar bem os exercícios”.
Devon chegou ao Brasil no segundo semestre de 2016. Vindo da África do Sul, o atleta é mais um do grupo que escolheu o país e defende a camisa verde e amarelo nos campos pelo mundo. Como passou a conviver mais com Baby Futuro logo nos primeiros meses em São Paulo, o atleta sul-africano não vê a amada somente como namorada.
“Ela é tudo. Minha amada, minha companheira, conselheira, irmã mais velha, mãe quando precisa, tudo. Hoje sem a Baby eu não sou nada”.
Salada de amor
Baby Futuro é brasileira, Devon Muller é sul-africano, Nathalie Moellhausen é italiana e Natalio Simionato é argentino. No meio dessa salada de países e idiomas, os quatro conseguiram encontrar o caminho do amor.
Com três continentes envolvidos na história dos quatro, o idioma é uma das questões que aparece nas conversas sobre como os casais fizeram as coisas darem certo. No caso de Nathalie e Natalio, o fato dos dois terem escolhido a Itália foi o facilitador do entendimento. Já Baby e Devon tiveram que superar essa questão.
“Ele chegou aqui sem falar uma palavra em português, tinha um inglês bom mas a primeira língua dele é o africaner. Eu sabia falar bem inglês, mas não era como é hoje. Foi difícil, hoje ele fala muito bem português e tudo é mais fácil”, comentou Baby Futuro.
Obstáculo do idioma
Nos mais de três anos de namoro entre Baby Futuro e Devon Muller algumas coisas normais para um era completamente estranha para o outro. Segundo o casal, não foram poucas as vezes que a cara de estranhamento por algo corriqueiro esteve presente no dia a dia. Para diminuir as diferenças, Baby foi até a África do Sul conhecer a família de Devon e ele foi até Niterói para ser apresentado a família Futuro, mas a língua ainda era um obstáculo.
A falta de saber falar o idioma local, colocou Devon Muller em algumas situações inusitadas. No começo do namoro, ainda em 2017, o sul-africano tinha dificuldades em se comunicar em português e tarefas do dia a dia, como ir na padaria, era um desafio um pouco engraçado.
“Lembro que no começo do namoro, todo mundo falava de ir na padaria com ele. O Devon não sabia pronunciar pão e acabava falando pao e todo mundo ficava rindo. Teve uma vez que ele pediu cinco paus para a atendente e ai nem a mulher aguentou a risada”.
Há oito ou três anos, no rugby ou na esgrima, na Itália ou no Brasil, Baby Futuro e Nathalie Moellhausen são dois exemplos entre vários de que não importa o esporte ou idioma. No fim de tudo, o amor conecta os continentes, supera as diferenças e une todos.