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Heróis Olímpicos

Mecânico de máquina de escrever é o maioral do pentatlo

Conheça a história de András Balczó, um mecânico de máquina de escrever que se tornou o maior medalhista do pentatlo moderno em Jogos Olímpicos

András Balczó era mecânico de máquina de escrever de profissão, mas fez história mesmo no pentatlo moderno. O húngaro de Kondoros, cidade que fica 174km a sudeste de Budapeste, é o maior vencedor da história da modalidade com cinco medalhas nos Jogos Olímpicos: três de ouro e duas de prata entre as edições de Roma-1960 e Munique-1972.

Além das histórias medalhas olímpicas, András Balczó foi dez vezes campeão mundial, cinco por equipes e cinco vezes individual, prova que ganhou de forma consecutiva entre 1963 e 1969 (Mundial não foi disputado em 1964 e 1968 porque habitualmente a competição não acontece em anos olímpicos).

ROMA-1960

A estreia de András Balczó nos Jogos Olímpicos aconteceu quando ele tinha 22 anos em Roma-1960. O atleta húngaro terminou a prova individual do pentatlo moderno na quarta colocação, superando o então tricampeão mundial Igor Novikov, da União Soviética, que acabou em quinto após ter tido um desempenho ruim no hipismo.

Compatriotas de András Balczó, Ferenc Németh e Imre Nagy fizeram a dobradinha no pódio ao ganhar, respectivamente, ouro e prata. O pódio só não foi completamente húngaro porque o americano Bob Beck se intrometeu entre eles para ficar com a quarta colocação.

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Com três dos quatro primeiros colocados na prova individual, a Hungria foi para a disputa por equipes do pentatlo moderno como favorita, apesar da União Soviética ser a atual bicampeã mundial, e não decepcionou. Foi a primeira medalha de ouro ganha por András Balczó no timaço que ele formava com Ferenc Németh e Imre Nagy.

Três anos depois dos Jogos Olímpicos de Roma-1960, András Balczó foi campeão mundial individual pela primeira vez. O atleta, no entanto, não participou da Olimpíada de Tóquio-1964. Apesar disso, voltou a dominar o planeta ao ganhar de forma consecutiva os títulos mundiais de 1965, 1966 e 1967.

CIDADE DO MÉXICO-1968

Dessa forma, András Balczó chegou à Cidade do México-1968 como o grande favorito para a conquista da medalha de ouro. Novamente, o hipismo fez a diferença. O húngaro pegou um cavalo ruim no sorteio e terminou apenas em 22º. lugar na prova de salto.

Depois, András Balczó reagiu. Ficou em sexto na esgrima, sétimo no tiro, quinto na natação e segundo na corrida, mas não conseguiu que a medalha de ouro fosse conquistada pelo sueco Björn Ferm por apenas 11 pontos de diferença: 4964 a 4953.

Apesar de ter deixado escapar o primeiro lugar na prova individual, András Balczó conquistou seu segundo ouro olímpico por equipes, desta vez ao lado de István Móna e Ferenc Török.

MUNIQUE-1972

Em 1969, András Balczó conquistou pela quinta vez seguida o título mundial individual, mas não repetiu o feito em 1970 e 1971. Com isso, quem chegou a Munique-1972 como favorito foi o soviético Boris Onishchenko, campeão mundial um ano antes.

Após quatro provas, András Balczó estava empatado em terceiro lugar com o campeão olímpico da Cidade do México-1968, Björn Ferm, com 4.133 pontos. A liderança era de Boris Onishchenko com 4.215, seguido pelo também soviético Pavel Lednyov, que tinha 4.193.

Na corrida, András Balczó fez a diferença e foi muito superior a seus concorrentes. Com 12min42s6, o húngaro terminou em terceiro lugar, enquanto Björn Ferm foi o 10º., Pavel Lednyov o 14º. e Boris Onishchenko apenas o 21º. colocado.

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Com isso, András Balczó ganhou finalmente a medalha de ouro olímpica individual do pentatlo moderno ao somar 5.412 pontos contra 5.335 de Boris Onishchenko, que ficou com a prata, e 5.328 de Pavel Lednyov, que foi o bronze.

Com três atletas entre os cinco primeiros colocados no individual, a União Soviética impediu a Hungria de ganhar novamente o ouro na prova por equipes do pentatlo moderno. Ao lado de Zsigmond Villányi e Pál Bakó, András Balczó ganhou sua segunda medalha de prata olímpica da carreira.

Depois que se aposentou do esporte, casou-se com Mónika Császár, medalha de bronze por equipes pela Hungria na ginástica artística nos Jogos Olímpicos de Munique-1972, e teve 11 filhos. Fora do esporte, ele se tornou um político de extrema direita.

Fundador e diretor de conteúdo do Olimpíada Todo Dia

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