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Fofão é a mulher brasileira com mais medalhas olímpicas

Com um ouro e dois bronzes, Fofão é a única mulher na lista dos 15 atletas brasileiros com três ou mais medalhas olímpicas

Fofão - Pequim-2008 - Mulher brasileira com mais medalhas olímpicas
Fofão conquistou o ouro com a seleção em Pequim-2008 (Divulgação/FIVB)

Conquistar uma medalha olímpica não é para qualquer um. Conquistar mais de uma, então, é para poucos. Ao longo de 22 edições de Olimpíadas em que o Brasil esteve presente, apenas 15 atletas brasileiros faturaram três ou mais medalhas. E desta seleta lista, somente uma é mulher: Hélia Souza, a Fofão, que tem em seu currículo um ouro e dois bronzes, sendo a mulher brasileira com mais medalhas olímpicas. 

“Eu brincava com as meninas que o time precisava ganhar, não só por aquele grupo, mas pelo vôlei feminino brasileiro, porque era a hora de uma grande conquista. Sabíamos que tínhamos potencial, mas sempre batia na trave. Nos jogos em Pequim, acredito que uma grande diferença daquele grupo era que o Zé Roberto podia colocar qualquer uma das 12 jogadoras como titular que nós não sentíamos a diferença, todas estavam no mesmo nível. Era a minha quinta Olimpíada, estava mais preparada, pronta para ser a jogadora que a equipe precisava. Era a Olimpíada da nossa vida”, disse Fofão. 

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O caminho da consagração

Fofão estreou em Jogos Olímpicos em 1992, em Barcelona. Daí em diante, foi convocada cinco vezes consecutivas. A primeira medalha, no entanto, veio em sua segunda participação nos Jogos, em Atlanta-1996, quando a seleção de vôlei feminino foi ao pódio pela primeira vez depois de conquistar o bronze. 

Quatro anos mais tarde, em Sydney-2000, Fofão e a seleção repetiram o feito e trouxeram para casa mais uma medalha de bronze. Mas ela não parou por aí. Depois de passar em branco em Atenas-2004, a atleta paulista voltou para a Olimpíada, desta vez, para subir ao lugar mais alto do pódio.

Fofão foi à cinco Olimpíadas (Divulgação)

Foi em Pequim-2008 que Fofão e a seleção brasileira de vôlei feminino deixaram para trás o fantasma que as perseguia há anos. Pela primeira vez, a equipe nacional feminina chegou a uma final olímpica. E para chegar lá, o Brasil venceu sete dos oito jogos por 3 sets a 0, passando por Argélia, Rússia, Sérvia, Cazaquistão e Itália, na primeira fase. Nas quartas, a vítima foi a China. Na semifinal, o Japão. Todos os jogos sem ser superado em nenhuma parcial. 

Toca o hino

A equipe de ouro em Pequim-2008 (Divulgação/FIVB)

Foi no sábado, 23 de agosto de 2008, 9h da manhã, que Fofão e as meninas da seleção fizeram história. Diante da forte seleção dos Estados Unidos, o Brasil saiu na frente, marcando 25 a 15, mas sofreu o primeiro revés naquela Olimpíada no segundo set da partida, perdendo por 25 a 18. 

Mas foi só para dar um susto no torcedor brasileiro. A equipe voltou a passar na frente, fazendo 25 a 13 no placar. E no quarto e decisivo set, veio a consagração. E por coincidência do destino ou não, tudo começou nas mãos de Fofão.

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Com o placar em 24 a 21 para o Brasil, o último ponto começou depois de um saque de Fofão. O ataque americano acabou tendo defesa da própria levantadora, Sheilla arrumou como pôde e Mari passou a bola para o outro lado. Novamente, com a chance do ponto, as americanas erraram na combinação e Logan Tom atacou para fora, fechando o jogo com um 25 a 21. 

Havia chegado o momento tão sonhado: subir ao lugar mais alto do pódio e ouvir o hino brasileiro. E foi ali, no ginásio da Capital, Pequim, que Fofão se eternizou – ainda mais – na história do esporte brasileiro, conquistando sua terceira medalha olímpica e se tornando a mulher brasileira com mais medalhas olímpicas.

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