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Heróis Olímpicos

Húngaro da esgrima é o campeão de longevidade no topo do pódio

De 1932 a 1960, Aladár Gerevich foi campeão olímpico de sabre por equipes. Neste período, foi medalha de ouro seis vezes da prova e só não foi mais porque os Jogos de 1940 e 1944 foram cancelados por causa da Segunda Guerra Mundial.

Aladár Gerevich foi campeão olímpico do sabre por equipes seis vezes seguidas ao longo de 28 anos (Reprodução)

O húngaro Aladár Gerevich é o atleta que se manteve no topo de uma competição olímpica por mais tempo em toda a história dos Jogos. De suas sete medalhas de ouro, seis foram conquistadas na disputa por equipes do sabre. Da primeira, em Los Angeles-1932, à última, em Roma-1960, foram 28 anos de diferença. E olha que a sequência que deu o hexacampeonato olímpico ao esgrimista poderia ter sido ainda maior, já que ele foi obrigado a pular os anos de 1940 e 1944, quando os Jogos foram cancelados por conta da Segunda Guerra Mundial.

A primeira participação olímpica de Aladár Gerevich aconteceu aos 22 anos. Em Los Angeles-1932, levou a Hungria à medalha de ouro no sabre por equipes ao lado de Attila Petschauer, Erno Nagy, Gyula Glykais, Gyprgy Piller e Endre Kabos.

O sucesso se repetiu nos três anos seguintes em que a Hungria levantou o título mundial por equipes do sabre masculino e chegou como super favorita ao bicampeonato olímpico em Berlim-1936. Do time que faturou o ouro quatro anos antes, Aladár Gerevich e Endre Kabos eram os únicos remanescentes. Os dois junto com Tibor Berczelly, Pál Kovács, László Rajcsányi e Imre Rajczy voltaram a subir no lugar mais alto do pódio.

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Em Berlim-1936, Aladár Gerevich, além do ouro no sabre por equipes, ficou com a medalha de bronze na competição individual do sabre e em sétimo lugar por equipes no florete.

A Hungria, com Aladár Gerevich, chegou a ser tetracampeã mundial em 1937, mas a sequência acabou interrompida pela guerra. Por conta do conflito mundial, o esgrimista só voltou aos Jogos Olímpicos em Londres-1948, com 38 anos.

Apesar de estar 12 anos mais velho que em Berlim-1936, Aladár Gerevich teve sua melhor participação em Jogos Olímpicos. Pela terceira vez seguida, foi campeão por equipes do sabre, mas levou também a medalha de ouro no individual. O atleta ainda participou da campanha que levou a Hungria ao quinto lugar no florete por equipes.

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Na campanha do terceiro título olímpico por equipes no sabre, Aladár Gerevich teve como companheiros Tibor Berczelly, Pál Kovács e László Rajcsányi, que eram remanescentes de 1936, e mais os novatos Rudolf Kárpati e Bertalan Papp.

O feito obtido por Aladár Gerevich nos Jogos Olímpicos de Londres-1948, foi repetido no Mundial de 1951, quando o atleta levou a medalha de ouro tanto no individual quanto por equipes no sabre.

Assim, aos 42 anos, ele chegou a Helsinque-1952 cercado por muita expectativa. O título individual bateu na trave. Aladár Gerevich ficou com a prata, mas foi embora da Finlândia com o bronze no florete por equipes e com o tetracampeonato no sabre por equipes com o mesmo time campeão quatro anos antes.

O domínio da equipe húngara no sabre continuou nos anos seguintes com os títulos mundiais de 1953, 1954 e 1955, ano em que Aladár Gerevich ganhou pela segunda vez o ouro na disputa individual. Os resultados fizeram com que a Hungria chegasse mais uma vez como favorita a uma edição olímpica.

E em Melbourne-1956, Aladár Gerevich, Rudolf Kárpati e Pál Kovács ganharam a companhia de Attila Keresztes, Jeno Hámori e Daniel Magay para conquistar o pentacampeonato do sabre por equipes para a Hungria. Os três novatos, no entanto, fugiram para os Estados Unidos, se estabeleceram por lá e obtiveram cidadania norte-americana. Os três competiram pelo país em Tóquio-1964.

Apesar dos desfalques, a Hungria ainda foi campeã mundial por equipes no sabre em 1957 e 1958, ambas conquistas tiveram a participação de Aladár Gerevich. Mas não foi fácil garantir a participação em sua sexta Olimpíada. Aos 50 anos, o esgrimista era considerado velho pela comissão técnica. Por conta disso, desafiou toda a equipe húngara para combates individuais. Como ganhou todas as partidas, foi convocado para Roma-1960.

Competindo ao lado dos antigos companheiros Rudolf Kárpati e Pál Kovács, reforçados pelos novatos Zoltán Horvath, Gábor Delneky e Tamás Mendelényi, Aladár Gerevich chegou ao incrível hexacampeonato olímpico na mesma prova com uma diferença de 28 anos entre a primeira e a última conquista, feito até hoje inigualável na história dos Jogos Olímpicos.

Além do recorde, Aladár Gerevich totalizou dez medalhas em Olimpíadas: sete ouros, uma prata e dois bronzes. Em Mundiais foram 14 ouros, uma prata e três bronzes, marcas que o fazem ser considerado um dos maiores nomes da história da esgrima em todos os tempos.

Fundador e diretor de conteúdo do Olimpíada Todo Dia

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