Os atletas brasileiros passaram longe das cinco primeiras edições de Jogos Olímpicos, de 1896 a 1912. A participação do Brasil só começou em Antuérpia-1920 e, de lá para cá, a única ausência foi em Amsterdã-1928. Na história, foram 129 medalhas, 30 de ouro, 36 de prata e 63 de bronze.
A melhor participação do Brasil na história aconteceu justamente em casa, nos Jogos Olímpicos que aconteceram na cidade do Rio de Janeiro em 2016. Foram 19 medalhas conquistadas, sete de ouro, seis de prata e seis de bronze. Por outro lado, as piores participações brasileiras aconteceram em Paris-1924, Los Angeles-1932 e Berlim-1936, edições olímpicas em que os atletas do país não conseguiram nenhum pódio.
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O tabu foi quebrado em Londres-1948 com a medalha de bronze do basquete masculino. Naquela altura, o Brasil estava 28 anos sem subir no pódio, já que os únicos pódios até então haviam sido obtidos em Antuérpia-1920 com o ouro de Guilherme Paraense, a prata de Afrânio Costa e o bronze por equipes, todos no tiro esportivo.
Mas de 1948 para a frente, o Brasil não ficou mais nenhuma edição sem ganhar medalha. Mas até hoje, nenhum atleta é tão vencedor quanto Robert Scheidt. O velejador tem dois ouros, duas pratas e um bronze. Torben Grael, também da vela, tem o mesmo número de pódios de seu companheiro de modalidade, mas são dois ouros, uma prata e dois bronzes, números que o deixam atrás de Serginho Escadinha, do vôlei, que tem dois ouros e duas pratas, no quadro geral brasileiro.
Além dos três, são bicampeões olímpicos Adhemar Ferreira da Silva, do salto triplo, Giovane, Maurício Fabiana, Paula Pequeno, Thaísa, Jaqueline, Sheila e Fabi, todos do vôlei.
O esporte brasileiro com mais medalhas é o judô, que já ganhou 22 (quatro ouros, três pratas e 15 bronzes). Mas a que mais produziu campeões olímpicos para o Brasil foi a vela, que já levou sete ouros, além de três pratas e oito bronzes.
Atletismo e vôlei estão empatados com cinco ouros, mas há quem defenda que a modalidade coletiva seja considerada a mais vencedora do Brasil na história. Para isso, é preciso juntar as três medalhas de ouro conquistadas pelos brasileiros no vôlei de praia.
ESPORTES EM QUE O BRASIL JÁ GANHOU MEDALHAS OLÍMPICAS:
Esporte | Ouro | Prata | Bronze | Total |
---|---|---|---|---|
Vela | 7 | 3 | 8 | 18 |
Atletismo | 5 | 3 | 9 | 17 |
Vôlei | 5 | 3 | 2 | 10 |
Judô | 4 | 3 | 15 | 22 |
Vôlei de praia | 3 | 7 | 3 | 13 |
Futebol | 1 | 5 | 2 | 8 |
Natação | 1 | 4 | 8 | 13 |
Ginástica artística | 1 | 2 | 1 | 4 |
Tiro | 1 | 2 | 1 | 4 |
Boxe | 1 | 1 | 3 | 5 |
Hipismo | 1 | 0 | 2 | 3 |
Canoagem Velocidade | 0 | 2 | 1 | 3 |
Basquete | 0 | 1 | 4 | 5 |
Taekwondo | 0 | 0 | 2 | 2 |
Maratona Aquática | 0 | 0 | 1 | 1 |
Pentatlo moderno | 0 | 0 | 1 | 1 |
RECORDE DE PARTICIPAÇÕES
Nos 100 anos de participação do Brasil em Jogos Olímpicos, quem está perto de bater mais um recorde é Robert Scheidt. Em Tóquio-2020, o velejador vai se tornar o recordista de presença em edições olímpicas. Ele vai chegar a sete Olimpíadas, número que pode ser alcançado também por Formiga, do futebol feminino, caso ela seja convocada para os Jogos do ano que vem.
Atualmente, Robert Scheidt e Formiga estão empatados com Torben Grael, Hugo Hoyama e Rodrigo Pessoa com seis participações olímpicas cada.
Na história da participação do Brasil nos Jogos Olímpicos, o pai de Rodrigo Pessoa, Nelson Pessoa, tem o recorde de atleta mais velho a ter defendido o país em todos os tempos. Depois de marcar presença em Melbourne-1956, Tóquio-1964, Cidade do México-1968 e Munique-1972, ele voltou a competir em Barcelona-1992 aos 56 anos e 237 dias, superando Waldemar Capucci, do tiro, que disputou Los Angeles-1984 com 55 anos e 52 dias.
Por outro lado, a mais jovem atleta a competir nos Jogos Olímpicos foi Talita Rodrigues, da natação, em Londres-1948. Ela tinha 13 anos e 347 dias quando caiu na água para disputar o revezamento 4 x 100 m livre feminino. Mas o recorde dela provalvelmente será derrubado no ano que vem. Rayssa Leal, do skate, completa 13 anos no dia 4 de janeiro de 2021 e chegará à abertura de Tóquio-2020, que será ano que vem, com 13 anos e 201 dias.