Receber uma edição de Olimpíada está longe de ser uma tarefa simples. Sempre exigiu investimentos pesados por parte da cidade-sede. Alguns países, no entanto, se superaram e gastaram muito mais do que outros na tentativa de mostrar para o mundo sua pujança econômica e cultural. Confira a lista das dez Jogos Olímpicos de verão mais caros da história:
10º. lugar: Atlanta-1996 – US$ 1,8 bilhões
A cidade de Atlanta, nos Estados Unidos, recebeu a edição que comemorou os 100 anos de Jogos Olímpicos e gastou relativamente pouco. Os americanos gastaram menos de 20% do que foi investido por Barcelona, quatro anos antes.
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Ao contrário de muitas sedes anteriores, diversos locais de competição já estavam construídos dentro de universidades da região e em condições de sediar os Jogos, sem precisar de grandes investimentos, que se voltaram especialmente para a melhora do transporte público, expansão do aeroporto e da rede hoteleira, além da construção da Vila Olímpica.
9º. lugar: Moscou-1980 – US$ 2 bilhões
Apesar do boicote de 64 países, liderado pelos Estados Unidos, em razão da invasão da União Soviética ao Afeganistão, Moscou-1980 investiu pesado para dar um show de organização e fazer bonito. Foi nesta edição que as cerimônias de abertura e de encerramento se tornaram mega-shows. Em sua época, os Jogos eram os mais caros da história, só sendo superada oito anos depois por Seul.
8º. lugar: Sydney-2000 – US$ 3,8 bilhões
Chamados de Jogos do Milênio por ser a primeira edição do século XXI, a Olimpíada de Sydney-2000 teve um bom custo-benefício. Apesar de ter custado pouco mais que o dobro de Atlanta, foi pouco mais barato do que Seul-1988 e gastou menos da metade do que foi investido em Barcelona-1992.
7º. lugar: Seul-1988 – US$ 4 bilhões
Seul-1988 investiu pesado para fazer bonito e superou os gastos de Moscou-1980, tornando-se até então a edição dos Jogos Olímpicos mais caros da história dos Jogos Olímpicos. Obras de infraestrutura e a construção de instalações esportivas, entre elas um Estádio Olímpico para cem mil pessoas, consumiram grande parte do orçamento.
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Duas novas linhas de metrô foram construídas, a sinalização de trânsito foi renovada e O aeroporto internacional de Gimpo teve dobrada sua capacidade anual de passageiros. A cidade se preocupou com o meio ambiente e com o reflorestamento de diversas áreas, implantação de jardins em diversos pontos da cidade e revitalização da orla do rio Han.
6º. lugar: Barcelona-1992 – US$ 9,2 bilhões
Seul-1988 ficou apenas quatro anos como a mais cara edição de Jogos Olímpicos da história. A organização de Barcelona-1992 gastou 130% mais do que os sul-coreanos e se mantiveram por 12 anos no posto de Olimpíada de investimento mais pesado, sendo superada apenas por Atenas-2004.
O valor gasto valeu a pena. Barcelona-1992 é até hoje usada como exemplo de legado para a cidade depois de uma edição de Jogos Olímpicos. A região portuária se transformou de um lugar degradado para um grande centro de turismo e lazer. Os Jogos de 1992 também transformaram a imagem da cidade, que virou um dos lugares mais cobiçados pelos turistas globais.
5º. lugar: Rio de Janeiro-2016 – US$ 11,8 bilhões
Os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro estão entre os cinco mais caros da história, mas saiu mais em conta do que as três edições anteriores: Atenas-2004, Pequim-2008 e Londres-2012.
O custo total no momento da candidatura foi de R$ 28,8 bilhões, mas com os valores corrigidos e atualizados, chegou a R$ 39,1 bilhões em 2016. Destes, R$ 7,07 bilhões foram destinados às construções das arenas, R$ 24,6 bilhões em obras de infra-estrutura e R$ 7,4 bilhões foram os gastos com o Comitê Organizador. O total foi de R$ 39,1 bilhões, com câmbio da época (R$ 3,30), resulta em US$ 11,8 bilhões.
4º. lugar: Atenas-2004 – US$ 15 bilhões
Os Jogos Olímpicos de Atenas-2004 custaram aos cofres gregos US$ 15 bilhões. Era para ser a terceira edição mais cara da história, mas foi superada por Tóquio-2020 por conta do adiamento causado pela pandemia do novo coronavírus.
Atenas-2004 era até então a Olimpíada mais cara da história. Quase 40% do investimento foi empregado em infraestrura, 30% na construição de praças esportivas, 15% em segurança e os outros 15% em acomodação de atletas, promoção da cultura grega e questões ambientais.
3º. lugar: Tóquio-2020 – US$ 15,3 bilhões
Reaproveitando boa parte dos locais de competições que fizeram parte dos Jogos Olímpicos de 1964 e construindo arenas novas da região da Baía de Tóquio, o orçamento da segunda Olimpíada realizada em território japonês previa gastos da ordem de US$ 12,6 bilhões. Mas o adiamento para 2021 por causa da pandemia do novo coronavírus vai aumentar os custos, num cálculo inicial, em US$ 2,7 bilhões, fazendo com que o país seja obrigado a investir US$ 15,3 bilhões para fazer os Jogos acontecerem ano que vem. Esses valores, no entanto, podem aumentar em razão das incertezas e das medidas de proteção que poderão ser necessárias para que as competições possam acontecer.
2º. lugar: Londres-2012 – US$ 17 bilhões
Reconhecida como uma das melhores edições de Olimpíada em todos os tempos, os Jogos Olímpicos de Londres 2012 teve um alto preço para o contribuinte britânico, foram os segundos mais caros da história, mas criaram um legado esportivo importante para a cidade, que continua a receber eventos de primeira linha até hoje. Além disso, os Jogos renovaram a parte leste da cidade numa área de 200 hectares que ganhou inúmeros benefícios e a construção de mais de 11 mil residências desde o fim da Olimpíada.
1º. lugar: Pequim-2008 – US$ 40 bilhões
Os Jogos Olímpicos de Pequim são disparados os mais caros da história entre as edições de verão, tendo custado mais do que o dobro de Londres-2012. A China construiu 37 diferentes locais para sediar os jogos, 12 dos quais foram especificamente feitos para o evento deles.
As maiores obras arquitetônicas dos Jogos foram o Ninho de Pássaro, o Cubo d’Água, Estádio Nacional Indoor, Centro de Convenções do Olympic Green e o Estádio Indoor Wukesong. O governo chinês também investiu na reforma e construção de seis outros locais fora de Pequim e também de uma série de centros de treinamentos pelo país.