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Só dois atletas foram duas vezes porta-bandeira do Brasil

Conheça a lista de todos os atletas que tiveram a honra no Brasil em todas as edições dos Jogos Olímpicos

Brasil Rio 2016

O Brasil já participou de 22 edições dos Jogos Olímpicos. Em cada uma delas, um atleta teve a honra de ser porta-bandeira na cerimônia de abertura, mas apenas dois deles tiveram a honra de levar o pavilhão brasileiro em duas oportunidades. São eles João Carlos Oliveira e Sílvio Magalhães Padilha, ambos do atletismo.

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Confira a lista de porta-bandeiras do Brasil em todas as edições dos Jogos Olímpicos:

Antuérpia-1920: Afrânio Antonio da Costa (tiro esportivo)

Afrânio Antonio da Costa foi o primeiro porta-bandeira do Brasil em Jogos Olímpicos. Ele desfilou com o estandarte nacional em Atuérpia-1920, Olimpíada de estreia do país. O escolhido foi também o primeiro brasileiro a ganhar uma medalha nos Jogos. Ele voltou da Bélgica com uma medalha de prata na pistola livre 50 m e um bronze na pistola livre por equipes.

Paris-1924: Alfredo Gomes (atletismo)

Alfredo Gomes teve a honra de ser o porta-bandeira do Brasil na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos Paris-1924. Apesar da primazia, o desempenho dele não foi dos melhores. Gomes não conseguiu completar a prova de cross-country, mas, no ano seguinte à Olimpíada, entrou para história como o atleta que ganhou a disputa da primeira Corrida Internacional de São Silvestre.

Los Angeles-1932: Antonio Lyra (atletismo)

Ausente dos Jogos Olímpicos de Amsterdã-1928, o Brasil voltou em Los Angeles-1932. O porta-bandeira veio também do atletismo: Antonio Lyra, que disputou a prova do arremesso de peso, mas queimou suas três tentativas e terminou na 14ª. colocação. Ele voltou a competir em Berlim-1936, mas foi eliminado na semifinal.

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Berlim-1936 e Londres-1948: Sylvio de Magalhães Padilha (atletismo)

Sylvio de Magalhães Padilha conseguiu um feito e tanto. Foi porta-bandeira do Brasil em duas edições de Jogos Olímpicos com uma diferença de 12 anos entre eles, já que as Olimpíadas de 1940 e 1944 foram canceladas por causa da Segunda Guerra Mundial. O melhor resultado dele foi o quinto lugar nos 400 m com barreiras em Berlim-1936. Em Londres-1948, Padilha não era mais atleta e carregou o pavilhão brasileiro como chefe de missão, função que exerceu também em 1952, 1956 e 1960. Em 1963, foi eleito presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), cargo que ocupou até 1991.

Helsinque-1952: Mário Jorge da Fonseca Hermes (basquete)

Mário Jorge foi escolhido para ser o porta-bandeira do Brasil nos Jogos Olímpicos de Helsinque-1952 no ano seguinte à conquista da medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de Buenos Aires-1951. Na Olimpíada disputada na Finlândia, no entanto, a seleção brasileira de basquete não foi bem. Na primeira fase, venceu Canadá (57 a 55) e Filipinas (71 a 52) e perdeu para a Argentina (72 a 56) na última rodada, mas se classificou. Na segunda fase, esmagou o Chile por 74 a 55, mas caiu diante das potências União Soviética (54 a 49) e Estados Unidos (57 a 53). Sem chance de brigar por medalha, o time venceu a França por 59 a 44, mas perdeu a disputa de quinto lugar para os chilenos por 58 a 49.

Melbourne-1956: Wilson Bombarda (basquete)

O jogador de basquete Wilson Bombarda estava em sua segunda Olimpíada quando se tornou porta-bandeira da delegação brasileira na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Melbourne-1956. “Essa é uma glória que eu guardo, mas nem sempre eu procuro. Poucas pessoas sabem que eu fui porta-bandeira. Foi uma honra”, disse em 2016 em entrevista à EPTV. Nas duas edições em que participou, a seleção brasileira terminou em sexto lugar no torneio de basquete masculino.

Roma-1960: Adhemar Ferreira da Silva (atletismo)
Adhemar Ferreira da Silva Hall da Fama do COB porta-bandeira do Brasil nos Jogos Olímpicos Roma-1960
Adhemar Ferreira da Silva foi o porta-bandeira do Brasil em 1956 e 1960 (Reprodução)

Primeiro bicampeão olímpico do esporte brasileiro, Adhemar Ferreira da Silva foi homenageado, por suas conquistas, com a honra de ser o porta-bandeira do Brasil nos Jogos Olímpicos de Melbourne-1956 e Roma-1960. Atleta do salto triplo, ele disputou quatro Olimpíadas. Em Londres-1948, ficou em 14º. lugar. Em Helsinque-1952 e Melbourne-1956, viveu seu reinado com duas medalhas de ouro. Já em Roma-1960, diagnosticado com problemas pulmonares, não conseguiu passar das eliminatórias.

Tóquio-1964: Wlamir Marques (basquete)
Wlamir Marques foi bicampeão mundial defendendo o basquete brasileiro e está no Hall da Fama do COB porta-bandeira do Brasil nos Jogos Olímpicos
Wlamir Marques foi bicampeão mundial defendendo o basquete brasileiro (Acervo/CBB)

Wlamir Marques foi um dos maiores ídolos da história do basquete brasileiro. Em Mundiais, ganhou duas medalhas de ouro (1959 e 1963) e duas de prata (1954 e 1970). Em Jogos Olímpicos, foram dois bronzes (1960 e 1964). Em Jogos Pan-Americanos, uma prata (1963) e dois bronzes (1955 e 1959). Carreira que lhe rendeu como um dos pontos altos a homenagem de ser o porta-bandeira do Brasil em Tóquio-1964.

Cidade do México-1968: João Gonçalves Filho (polo aquático)

Conhecido como Peixinho, João Gonçalves Filho disputou cinco edições dos Jogos Olímpicos, duas como nadador (Helsinque-1952 e Melbourne-1956) e três como jogador de polo aquático (Roma-1960, Tóquio-1964 e Cidade do México-1968). Na última delas, foi o porta-bandeira do Brasil na cerimônia de abertura. Em Olimpíadas, nunca subiu ao pódio, mas ganhou quatro medalhas em Jogos Pan-Americanos: uma prata na natação, além de um ouro, uma prata e um bronze no polo aquático. Peixinho é avô de Grummy, jogador da seleção brasileira atual de polo aquático.

Munique-1972: Luiz Cláudio Menon (basquete)

Pela terceira vez um jogador basquete foi o responsável por ser o porta-bandeira do Brasil na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos. A honra coube a Luiz Cláudio Menon, campeão mundial em 1963 e medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de Cáli em 1971. Nos Jogos Olímpicos, ele jogou na Cidade do México-1968, quando o Brasil terminou em quarto lugar, e em Munique-1972, quando o time não passou do sétimo lugar.

Montreal-1976 e Moscou-1980: João Carlos de Oliveira (atletismo)
porta-bandeira do Brasil nos Jogos Olímpicos duas vezes
João do Pulo foi porta-bandeira do Brasil logo na estreia dele em Jogos Olímpicos

Campeão dos Jogos Pan-Americanos de 1975 do salto triplo e do salto em distância, João Carlos de Oliveira, mais conhecido como João do Pulo, estreou em Jogos Olímpicos como porta-bandeira do Brasil na cerimônia de abertura em Montreal-1976. Ele não decepcionou e conquistou a medalha de bronze. Quatro anos depois, ele repetiu o feito: carregou a bandeira do Brasil na Olimpíada e terminou em terceiro lugar no salto triplo.

Los Angeles-1984: Eduardo Souza Ramos (vela)

Eduardo Souza Ramos, da vela, foi o porta-bandeira do Brasil nos Jogos Olímpicos de Los Angeles-1984, reflexo do sucesso da modalidade, que conquistou quatro medalhas de ouro, nos Jogos Pan-Americanos de caras. Na Olimpíada, Ramos terminou em 12º. lugar na classe keelboat ao lado de Roberto Souza. Quatro anos antes, em Moscou, foi o nono colocado competindo com Peter Erzberger

Seul-1988: Walter Carmona (judô)

Walter Carmona disputou em Seul-1988 sua terceira Olimpíada. Quatro anos antes, em Los Angeles, ele conquistou a medalha de bronze e, por isso, foi homenageado com a honra de carregar a bandeira do Brasil na cerimônia de abertura na Olimpíada da Coreia do Sul.

Barcelona-1992: Aurélio Miguel (judô)

Campeão olímpico em 1988, o judoca Aurélio Miguel foi o porta-bandeira do Brasil nos Jogos Olímpicos de Barcelona-1992. A honra, no entanto, não deu muita sorte ao judoca, que ficou em nono lugar. Quatro anos depois, no entanto, ele voltou com tudo e conseguiu sua segunda medalha olímpica ao ganhar o bronze.

Atlanta-1996: Joaquim Cruz (atletismo)
porta-bandeira do Brasil nos Jogos Olímpicos em 1996
Joaquim Cruz foi campeão olímpico dos 800 m rasos em Los Angeles-1984

Ouro em Los Angeles-1984 e prata em Seul-1988 nos 800 m rasos, Joaquim Cruz disputou pela terceira vez os Jogos Olímpicos em Atlanta-1996. Depois de ter ficado de fora de Barcelona-1992 por causa de uma lesão no tendão de aquiles, o fundista voltou aos Jogos com 33 anos homenageado pelas históricas conquistas com a honra de ser o porta-bandeira do Brasil. Nas competição, o brilho não foi o mesmo. Ele só disputou os 1500 m rasos sem conseguir passar das eliminatórias.

Sydney 2000: Sandra Pires (vôlei de praia)
porta-bandeira do Brasil nos Jogos Olímpicos em Sydney-2000
Campeã olímpica do vôlei de praia, Sandra Pires foi porta-bandeira em Sydney-2000 (Acervo/COB)

Sandra Pires entrou para a história nos Jogos Olímpicos de Sydney-2000 ao se tornar a primeira mulher a ser porta-bandeira do Brasil em uma cerimônia de abertura. Ela foi homenageada depois de ter sido a primeira brasileira a ganhar a medalha de ouro ao lado de Jaqueline Silva no vôlei de praia em Atlanta-1996.

Atenas-2004: Torben Grael (vela)
porta-bandeira do Brasil nos Jogos Olímpicos em Atenas-2004
Torben Grael conquistou duas vezes a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos (Divulgação)

Torben Grael já tinha muita história nos Jogos Olímpicos quando foi o porta-bandeira do Brasil. Ele tinha sido prata em Los Angeles-1984 na classe soling. Depois, só competiu na star e foi bronze em Seul-1988, ouro em Atlanta-1996 e bronze em Sydney-2000. Em Atenas-2004, além de carregar o pavilhão brasileiro, conquistou o bicampeonato olímpico. Inesquecível!

Pequim-2008: Robert Scheidt (vela)
Robert Scheidt no Mundial da classe laser de vela
Robert Scheidt tem cinco medalhas olímpicas (Jon West Photography)

Quando foi escolhido para ser o porta-bandeira do Brasil, Robert Scheidt já tinha três medalhas olímpicas: ouro em Atlanta-1996 e Atenas-2004 e prata em Sydney-2000. Em Pequim-2008, ele foi prata de novo. Depois, voltou a subir o pódio com bronze em Londres-2012.

Londres-2012: Rodrigo Pessoa (hipismo)
Rodrigo Pessoa
Rodrigo Pessoa conquistou um ouro e dois bronzes em Jogos Olímpicos

Quando foi escolhido como porta-bandeira do Brasil na cerimônia de abertura, Rodrigo Pessoa participou pela sexta vez dos Jogos Olímpicos. Ao todo, o cavaleiro levou três medalhas: ouro em Atenas 2004 e bronze em Atlanta 1996 e Sydney 2000.

Rio de Janeiro-2016: Yane Marques (pentatlo moderno)
porta-bandeira do Brasil nos Jogos Olímpicos yane marques
Yane Marques teve a honra de carregar a bandeira do Brasil no Maracanã em 2016 (Reprodução/Facebook)

Yane Marques foi escolhida a porta bandeira do Brasil na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos Rio-2016 por causa da medalha de bronze conquistada por ela em Londres-2012. Foi um dos mais comemorados e mais emocionantes dos pódios brasileiros obtidos na capital britânica.

Fundador e diretor de conteúdo do Olimpíada Todo Dia

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