Com o passar do tempo, a cerimônia de abertura se transformou num dos rituais mais importantes dos Jogos Olímpicos. Nas primeiras edições, era uma festa simples, que servia apenas para sinalizar que as competições podiam começar, mas aos poucos novos elementos foram sendo agregados como o desfile das nações em Londres-1908, o juramento dos atletas em Antuérpia-1920, a chama olímpica em Amsterdã-1928, o revezamento da tocha em Berlim-1936, o juramento dos árbitros em Munique-1972 e a programação artística, que começou a crescer em escala e complexidade a partir de Moscou-1980. Hoje em dia, cada cidade-sede investe pesado para exibir durante a celebração sua cultura, sua história e suas conquistas para uma audiência de 2 bilhões de pessoas ao redor do mundo.
Enquanto hoje em dia as cerimônias têm produções milionárias, das quais a dos Jogos de Pequim-2008 foi a mais cara da história, e envolvem diretores famosos, a primeira de todas, em Atenas-1896 foi bem simples. Diante de um estádio Panathinaiko lotado com 80 mil pessoas, o príncipe Constantino, que era presidente do Comitê Organizador, fez um discurso rápido seguido pelo rei Jorge, que abriu oficialmente os Jogos. Depois disso, Nove bandas e 150 cantores de coral se apresentaram e a festa foi encerrada.
DESFILE DAS NAÇÕES
As coisas começaram a mudar na cerimônia de abertura de Londres-1908. Até aquele ano, os atletas entravam e saíam do estádio de maneira desorganizada. Na primeira das três Olimpíadas realizadas na capital britânica, foi instituído o desfile das nações, com a Grécia abrindo a cerimônia, as outras delegações vindo na sequência respeitando a ordem alfabética na língua da cidade-sede e com os donos da casa fechando o ritual.
PROGRAMAÇÃO ARTÍSTICA
O desfile das nações toma duas das quatro horas que costuma demorar a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos. A festa, no entanto, começa com o programa artístico, que normalmente é mantido em segredo até o último minuto. Com criatividade, os organizadores têm conseguido encontrar maneiras de combinar o protocolo olímpico com entretenimento, cultura, inovações técnológicas e atmosfera festiva.
DISCURSOS E POMBAS SIMBÓLICAS
Depois dessa primeira hora de show, que fica por conta da criatividade dos donos da casa, vem o desfile das delegações, seguido, na última hora da festa, pela parte final dos protocolos. Com atletas de todos os países dentro do estádio, os presidentes do Comitê Organizador e do Comitê Olímpico Internacional (COI) discursam.
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Na sequência da cerimônia de abertura, ocorre uma a revoada de pombas. De Berlim-1936 a Seul-1988, o protocolo olímpico exigia a liberação no estádio dos pássaros, símbolos da paz, mas, na abertura dos Jogos Olímpicos disputados na capital da Coreia do Sul, alguns deles morreram queimados por estarem sentados à beira da pira olímpica.
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A partir de então, foi adotada uma liberação simbólica dos pássaros. Na cerimônia de abertura da Rio-2016, por exemplo, crianças com pipas em formas de pomba correram junto com o primeiro vencedor do Laurel Olímpico, prêmio instituído na Olimpíada realizada na Cidade Maravilhosa para homenagear um indivíduo nas áreas de educação, cultura, desenvolvimento e paz através do esporte. O vencedor em 2016 foi Kipchoge Keino, ex-atleta de atletismo e atual presidente do Comitê Olímpico do Quênia.
BANDEIRA, TOCHA E PIRA OLÍMPICAS
Depois dos discursos, das pombas simbólicas e da homenagem, o chefe de estado do país-sede declara abertos os Jogos Olímpicos. A partir daí segue-se na cerimônia de abertura o hasteamento da bandeira olímpica ao som do hino olímpico e os juramentos dos atletas, dos árbitros e dos técnicos até chegar o momento em que a tocha entra no estádio, passa pelas mãos de alguns atletas que fizeram história no esporte do país-sede até chegar ao escolhido para ter honra de acender a pira, que fica acesa dutante os dezesseis dias de competições de uma Olimpíada.