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Crônicas Olímpicas

Redes Sociais são a solução financeira para muitos atletas

Quanto mais seguidores, mais visibilidade e mais interesse e retorno para os patrocinadores.

Estava tomando café da manhã com um amigo jornalista, na padaria perto de casa, quando começamos a trocar uma ideia sobre comunicação e redes sociais. Entre uma mordida e outra no pão com mortadela, começamos a viajar na maionese sobre a diferença entre influencer (influenciadores) e creator (criadores de conteúdo) – sempre é bom usar expressões em inglês para transmitir a ideia de que você entende das coisas. 

Mas o que isso tem a ver com o esporte olímpicos? Ué, tudo, claro. As redes sociais viraram uma grande vitrine para os profissionais que vivem do esporte. Devemos tudo isso, principalmente, ao Facebook e ao Instagram, obrigado Zuckerberg.

Quanto mais seguidores, mais visibilidade e mais interesse e retorno para os patrocinadores. Essa é a fórmula utilizada pelo marketing esportivo. O grande desafio é aprender a surfar para valer nas ondas dos aplicativos para impulsionar a carreira. Missão tão difícil quanto conquistar uma medalha de ouro nos Jogos Olímpicos.

Papo vai e papo vem, aprendi que influencer é diferente de creator, que nem todo influencer é creator e que todo creator é influencer. Pode parecer estranho ou confuso, mas faz sentido. Os atletas são potenciais influencer para o público que acompanha a sua modalidade. São fãs que seguem porque gostam do esporte ou têm admiração pela carreira do atleta. A audiência não depende tanto do conteúdo compartilhado. A visibilidade é gerada pelo esporte.

Já os criadores de conteúdo são diferentes. Eles têm 5, 10, 50 mil seguidores conquistados pelo conteúdo criado. O mais importante é o envolvimento com o público do que o número total de seguidores. São pessoas anônimas que compartilham o seu dia a dia, que divide conhecimento especializado e ganham a simpatia das pessoas pelo seu estilo de vida. Os perfis fitness sabem criar muito bem conteúdo voltado para o seu público. Eles também provam que se pode viver muito bem alimentando as redes sociais.

Peguei o celular, abri o Instagram e mostrei o perfil do Arthur Nory. Com 1,4 milhão de seguidores, o ginasta sabe usar muito bem as ferramentas. Bem utilizadas, as redes sociais podem se tornar mais uma fonte de renda. A fórmula ideal é unir a influência dos atletas à criação constante de conteúdo, ainda mais durante ano olímpico. Esse é o segredo para ganhar mais relevância e conquistar outros públicos além das pessoas que acompanham o esporte.

Falamos tanto sobre como trabalhar melhor as redes sociais, que o meu café da manhã já estava virando almoço. Conversar é bom, comendo pão com mortadela é ainda melhor.

Breno Barros, 33 anos, gosta de olhar os diferentes esportes olímpicos de forma leve. Participei da cobertura dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos do Rio 2016, dos Jogos Olímpicos da Juventude de Argentina 2018 e da China 2014, dos Jogos Olímpicos de Londres 2012, dos Jogos Pan-Americanos de Lima 2019, de Toronto 2015 e de Guadalajara 2011. Estive também nas coberturas dos Jogos Sul-Americanos da Bolívia 2018 e do Chile 2014.

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