Uniforme e número de identificação no peito. Parado, ele faz o movimento do beijo da tocha, momento em que a chama é passada de uma para outra. Depois, correu 200 metros, escoltado por corredores de apoio. Missão cumprida, passou o fogo novamente em outro beijo, agora, de despedida. Ao voltar para o ônibus oficial cai a ficha. Terminou um dos momentos mais marcantes da vida.
Mais do que esporte, os Jogos Olímpicos unem pessoas. Pessoas que nunca teriam a oportunidade de se encontrar no cotidiano. Tanto que o momento da tocha olímpica do Rio 2016 ficou marcado na história de brasileiros anônimos que pelo quarto ano seguido eles promoveram o Encontro Nacional de Condutores da Tocha Olímpica do Rio 2016.
A tocha olímpica tem a missão de anunciar a chegada do maior evento esportivo do mundo. Em 2016, tudo começou na Grécia, no dia 21 de abril. A tocha foi acesa e passou por 25 cidades gregas e duas suíças. Desembarcou no Brasil, em Brasília, e seguiu por mais de 300 cidades, de todos os 26 estados mais o Distrito Federal.
Ao som da versão da música “A vida de Viajante”, de Luiz Gonzaga, misturado com samba, forró, sertanejo, rock e funk, o símbolo percorreu mais de 20 mil quilômetros por terra e 10 mil milhas aéreas. A tocha passou pelas mãos de mais de 12 mil condutores.
Na última semana, os condutores se encontraram em Santos, no litoral paulista. A programação teve ação beneficente e visitas a pontos turísticos. Tudo para estreitar os laços de amizades entre os condutores. A reunião contou com 43 condutores. O primeiro encontro foi em 2017, na cidade de Cariacica, no Espírito Santo. No ano seguinte, foi em Curitiba. No ano passado, os condutores se reuniram em Natal, no Rio Grande do Norte.
É o típico encontro para aumentar a saudade. Não é a saudade que dói, mas aquela boa de recordação. Nada mais propício do que recordar bons momentos, ainda mais em ano de Tóquio 2020.