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Corrida Olímpica

59 vagas definidas para Paris-2024; confira projeções no ciclismo

Brasil navega por mares adversos na corrida olímpica da vela. Semana olímpica definiu vagas no ciclismo, escalada, hipismo e hóquei. Se ranking do ciclismo terminasse hoje, Brasil levaria 6 vagas

corrida olímpica escalada Jakob Schubert com vaga olímpica
(Foto: Anthony Anex)

A última semana não teve muitas notícias positivas para o Brasil na corrida olímpica para os Jogos Olímpicos de Paris 2024. Além dos atletas brasileiros não terem tido um grande desempenho nas categorias olímpicas no Mundial de Ciclismo, o Brasil não conseguiu ter um bom início de Mundial de Vela. Vagas olímpicas diretas foram distribuídas na escalada, hóquei sobre a grama e hipismo. A Liga Mundial de Surfe também chega ao fim da etapa regular em Teahupo’o, na Polinésia Francesa, com uma boa disputa por vagas olímpicas.

Além do detalhamento das vagas disputadas na última semana, fizemos também uma projeção de como seriam distrbuídas as vagas no ciclismo a partir do ranking olímpico atual nas modalidades. Confira todas novidades na corrida olímpica em detalhes abaixo.

Primeiras vagas na Escalada

O Mundial de Escalada aconteceu em Berna, Suíça, e definiu as primeiras vagas olímpicas, todas nominais. O Brasil teve bons resultados em comparação aos países da América Latina, mas as chances de medalha e vaga olímpica através dos Jogos Pan-Americanos é bem difícil. Isso acontece porque EUA e Canadá terão 3 representantes em cada categoria em Santiago-2023 e os EUA são os favoritos para levar a vaga olímpica em todas modalidades, com Equador e Canadá também na briga.

+ Guia Olímpico da Escalada em Paris-2024

Velocidade masculino: 🇨🇳LONG Jinbao; 🇮🇹Matteo ZURLONI

Velocidade feminino: 🇺🇸Emma HUNT; 🇮🇩Desak MADE

Guia & Dificuldade masculino: 🇦🇹Jakob SCHUBERT; 🇺🇸Colin DUFFY; 🇯🇵NARASAKI Tomoa

Guia & Dificuldade feminino: 🇸🇮Janja GARNBRET; 🇦🇹Jessica PILZ; 🇯🇵MORI Ai

Hipismo CCE define mais países

No último domingo (13) Bélgica e Países Baixos ficaram em 7º e 8º lugar no Europeu de Concurso Completo de Equitação (CCE) disputado em Pin du Haras, França, e garantiram as duas vagas destinadas aos Grupos A e B da Federação Equestre Internacional (FEI). As últimas três vagas por equipes serão definidas no fim de outubro, com uma pela Copa das Nações e outras duas pelos Jogos Pan-Americanos de Santiago. Cada equipe contará com três atletas.

+ Guia Olímpico do Hipismo CCE em Paris-2024

Copa da Oceania de Hóquei

Apenas Austrália e Nova Zelândia participaram da Copa da Oceania em Whangārei, Nova Zelândia, torneio que serviu de pré-olímpico do hóquei sobre a grama.

No masculino, a Austrália venceu o primeiro jogo por 3 a 1, mas perdeu o segundo por 4 a 2. A vaga finalmente veio no domingo (13), com uma vitória por 3 a 1.

Já no feminino, a Austrália ganhou o primeiro jogo na quinta (10) por 3 a 0, e segurou um empate por 1 a 1 no sábado (12). No jogo decisivo, a Nova Zelândia saiu na frente, mas a Austrália virou e venceu por 3 a 2, garantindo a vaga continental.

+ Guia Olímpico de Hóquei sobre a Grama em Paris-2024

Mundial de Ciclismo

O primeiro Super Mundial de Ciclismo aconteceu em Glasgow, Escócia, de 3 a 13 de agosto. Como juntou várias competições de ciclismo organizadas pela UCI foi chamado muito de “Olimpíadas do Ciclismo”.

Algumas vagas olímpicas diretas foram conquistadas, mas em nenhuma das vagas são prioritárias. Ou seja, o resultado de pré-olímpicos e do ranking olímpico provocará portanto realocações. Apenas o ciclismo pista distribuirá todas vagas unicamente via ranking.

Vamos então falar aqui das vagas garantidas, mas também das previsões de como seriam distribuídas as vagas pelo ranking atual.

Ciclismo BMX racing

Romain Mahieu, Arthur Pilard e Joris Daudet formaram um pódio 100% francês na prova masculina, mas a França já tinha uma vaga garantida por ser país-sede.

Por enquanto, as 17 vagas diretas do ranking seriam distribuídas dessa forma: França (3), Colômbia (3), Suíça (2), EUA (2), Países Baixos (2), Reino Unido (1), Austrália (1), Alemanha (1), Bélgica (1), Argentina (1). A vaga asiática já é da Tailândia, a americana iria para o Equador e a africana ainda não está definida. Em seguida, a Nova Zelândia, 11ª do ranking, levaria a vaga de país-sede realocada, enquanto a Letônia ficaria com a vaga do Mundial, pelo 22º lugar de Kristen Krigers. Faltaria enfim, uma vaga pelo Mundial de 2024 e outra de universalidade.

Já no feminino, Bethany Shriever, do Reino Unido, venceu e fez a festa da torcida. Laura Smulders, dos Países Baixos foi prata e Alise Willoughby, dos EUA, foi bronze. Shriever garantiu uma vaga para o Reino Unido, mas provavelmente o país garantirá vaga pelo ranking.

Por enquanto, as 17 vagas diretas do ranking seriam distribuídas dessa forma: Países Baixos (3), EUA (3), Suíça (2), Colômbia (2), Reino Unido (2), Dinamarca (1), Austrália (1), França (1), Canadá (1) e Japão (1). A vaga americana é do Brasil (conquistada por Paola Reis), a asiática seria realocada para a China e a africana ainda não está definida.

A vaga do Mundial iria por enquanto para Regula Runge, 15ª enquanto a vaga da França seria realocada para a Bélgica, 12ª do ranking. Novamente, faltaria uma vaga pelo Mundial de 2024 para os países ainda sem classificadas e a vaga da universalidade.

+ Guia Olímpico do Ciclismo BMX em Paris-2024

Ciclismo Estrada Masculino

Mathieu van der Poel foi ouro e Wout van Aert foi prata, e portanto garantiram uma vaga para os Países Baixos e Bélgica, mas é provável que os países consigam múltiplas vagas pelo ranking.

Por enquanto as 45 vagas diretas pelo ranking estariam indo para: Bélgica (4), Dinamarca (4), Eslovênia (4), Reino Unido (4), França (4); Espanha (3), Países Baixos (3), Itália (3), Austrália (3), Colômbia (3), EUA (2), Suíça (2), Portugal (2), Alemanha (2), Noruega (2), Irlanda (2), Áustria (2), Canadá (2), Eritreia (2), Nova Zelândia (2), Letônia (1), Cazaquistão (1), Polônia (1), Equador (1), Tchéquia (1), Marrocos (1), África do Sul (1), Argélia (1), Hungria (1), Japão (1), Luxemburgo (1), Mongólia (1), Eslováquia (1), Estônia (1), Israel (1), Rússia (1), Argentina (1), Grécia (1), Panamá (1), Ucrânia (1), Turquia (1), Uruguai (1), Tailândia (1), Venezuela (1) e Ruanda (1).

A primeira vaga do Mundial ficaria provisoriamente com a Suécia, devido ao 32º lugar de Lucas Eriksson, como o único a ter completado a prova sem ser de uma nação no top-45 do ranking. Portanto, a segunda vaga do Mundial iria para a Sérvia, devido ao 41º lugar de Ognjen Ilic no contra-relógio.

As vagas americanas conquistadas por Canadá e Argentina seriam realocadas para o Brasil (com Nicolas Sessler, 6º) e Costa Rica (Daniel Andres Bonilla, 7º). As vagas africanas conquistadas por Eritreia e Argélia e seriam então realocadas para Ilhas Maurício (Christopher Rougier-Lagane, 6º) e Uganda (Charles Kagimu, 7º). E finalmente, as vagas asiáticas de Cazaquistão e Japão seriam realocadas para Coreia do Sul (Kim Euro, 5º) e Irã (Mohammad Ganjkhanlou, 6º). Finalmente, as vagas de país-sede da França seriam realocadas para China (46º) e Hong Kong (50º) do ranking.

Ciclismo Estrada Feminino

Bélgica e Países Baixos também garantiram vaga pelo mundial mas com ordem invertida: A belga Lotte Kopecly foi ouro e Demi Vollering ficou com a prata. Novamente, é provável que os países consigam múltiplas vagas pelo ranking.

Por enquanto as 45 vagas diretas pelo ranking estariam indo para: Países Baixos (4), Itália (4), Bélgica (4), Austrália (4), Suíça (4); França (3), Reino Unido (3), Alemanha (3), Polônia (3), EUA (3); Dinamarca (2), Canadá (2), Espanha (2), Áustria (2), Nova Zelândia (2), África do Sul (2), Noruega (2), Rússia (2), Uzbequistão (2), Eslovênia (2); Colômbia (1), Ucrânia (1), Hungria (1), Suécia (1), Luxemburgo (1), Tchéquia (1), Cuba (1), Finlândia (1), Ruanda (1), Tailândia (1), China (1), Chile (1), Portugal (1), Sérvia (1), Ilhas Maurício (1), Argélia (1), Eslováquia (1), Costa Rica (1), Namíbia (1), Brasil (1), Coreia do Sul (1), Israel (1), Cazaquistão (1), Indonésia (1), Emirados Árabes Unidos (1).

As duas vagas pelo mundial iriam para a Letônia, com o 39º lugar de Anastasia Carbonari e Japão, com o 42º lugar de Yonamine Eri. As duas vagas africanas seguem com Nigéria e Burkina Faso, assim como a primeira vaga da Ásia com o Vietnã. Já a segunda vaga da Ásia iria para a Malásia, devido ao 6º lugar de Phi Kun Pan. As duas vagas americanas seriam realoacadas dos EUA e Canadá para México (Andrea Ramirez, 8ª) e Uruguai (Mariana Garcia, 13ª). E finalmente, as duas vagas que a França tinha direito como país-sede seriam enfim realocadas para a Lituânia e Hong Kong.

Sem vagas diretas no contra-relógio

O mundial também distribuirá 10 vagas para cada gênero no contra-relógio, além de 25 vagas via ranking. Porém, apenas ciclistas classificados para a prova por equipes poderão participar e assim o contra-relógio não dará nenhuma vaga direta aos atletas.

+ Guia Olímpico do Ciclismo Estrada em Paris-2024

Ciclismo Mountain Bike Masculino

O britânico Thomas Pidcock e o australiano Samuel Gaze foram campeões na elite masculina e garantiram vaga para seus países. O britânico Charlie Aldridge foi campeão sub-23, e a França e Suíça levaram provisoriamente as vagas devido à prata de Adrian Boichis e o bronze de Dario Lillo. Porém, como em todas as outras provas, provavelmente várias dessas vagas serão realocadas.

Por enquanto as 27 vagas diretas pelo ranking estariam indo para: Suíça (2), França (2), Itália (2), Espanha (2), Bélgica (2), Alemanha (2), Reino Unido (2), Brasil (2); Nova Zelândia (1), África do Sul (1), Canadá (1), Dinamarca (1), Áustria (1), EUA (1), Polônia (1), Noruega (1), Romênia (1), Tchéquia (1) e Chile (1).

México conquistou a vaga pan-americana em Congonhas, e a vaga continental da África do Sul seria realocada para a Namíbia. O pré-olímpico asiático será disputado em outubro. Dessa forma, além da Austrália com Sam Gaze, a Letônia levaria a vaga pelo 11º lugar de Martins Blums. Pelo sub-23, as vagas iriam para os Países Baixos, com o 5º lugar de Tom Schellekens e para a Suécia, com o 36º lugar de Andre Eriksson.

A vaga do país-sede estaria sendo realocada temporariamente para o Chile (19º lugar) e a última vaga viria finalmente da universalidade.

+ Guia Olímpico do Ciclismo Mountain Bike em Paris-2024

Ciclismo Mountain Bike Feminino

Na prova de elite feminina, deu dobradinha francesa: Pauline Ferrand Prevot foi ouro e Loana Lecomte prata. Com o bronze de Puck Pieterse, França e Países Baixos garantiram as vagas olímpicas diretas. Através do sub-23 Nova Zelândia e Suíça garantidos, com o ouro de Samara Maxwell e prata e bronze por Ginia Caluori e Ronja Blochlinger.

Por enquanto as 27 vagas diretas pelo ranking estariam indo para: Suíça (2), França (2), Países Baixos (2), EUA (2), Áustria (2), Itália (2), Dinamarca (2), Reino Unido (2); Austrália (1), Brasil (1), Alemanha (1), Suécia (1), Canadá (1), Polônia (1), Tchéquia (1), Bélgica (1), Eslovênia (1), Estônia (1) e Ucrânia (1).

A África do Sul carimbaria sua vaga pelo africano feminino, mas os EUA realocaria sua vaga para o México, através do quarto lugar de Daniela Campuzano. O pré-olímpico asiático será disputado em outubro.

Em seguida, as duas vagas do Mundial elite deveriam ir para Hungria (31º lugar de Buksaki Virag) e Espanha, pelo 34º lugar de Rocio del Alba Garcia. Já nas vagas do sub-23 as melhores de países ainda não-classificados são além da campeã Samara, a portuguesa Ana Santos (16ª). Finalmente, Israel ficaria com a vaga realocada da França, por ser 24ª do ranking.

O Brasil tem chances de vaga olímpica?

No BMX racing feminino, o Brasil já ganhou vaga continental com Paola Reis, e além disso, está em 11º lugar do ranking olímpico. Já no masculino, o Brasil está em 13º no ranking olímpico e ganharia vaga se subir ao top11 ou se Equador conseguir chegar nessa posição e realocar a vaga americana. Ou ainda no mundial de 2024 em que os países que ainda não conseguiram tem uma última chance. Pedro Queiroz (32º) e Guilherme Riberio (40º) são nossos melhores representantes.

No ciclismo estrada feminino, o Brasil estaria hoje ganhando uma vaga via ranking, mas também ganharia uma vaga pela realocação no pan-americano. Já no ciclismo estrada masculino, o Brasil está em 56º mas deve conseguir tranquilamente a vaga pelo pan-americano, já que precisa que três países entre Argentina, Canadá, Equador e Uruguai se classifiquem via ranking.

Já pelo ciclismo mountain bike, o Brasil encaminha para conseguir vagas via ranking, já que não foi muito bem nos pan-americanos. Por enquanto, o Brasil ganha duas vagas pelo ranking olímpico masculino e uma pelo feminino. Se o Brasil não conseguir vaga pelo ranking, deve levar pela realocação feminina devido ao bronze de Raiza Goulão. Mas a vaga masculina provavelmente terá que vir pelo ranking.

Na semana passada já falamos sobre o ciclismo BMX freestyle. Gustavo Bala Loka é um dos candidatos a vaga pelo Olympic Qualifier Series, mas também tem chances de herdar uma das vagas realocadas do Mundial. Já no ciclismo pista, o Brasil deve seguir sem representantes olímpicos em edições fora do país.

Mundiais de vela e tiro agitam a semana

O Brasil começou muito mal no Mundial de Vela disputado em Haia. Por enquanto, apenas Martine Grael e Kahena Kunze na 49er FX feminina, Mateus Isaac na IQFoil e Bruno Lobo na Fórmula Kite estão em posição de briga por vaga. Mas se acabasse hoje, apenas Isaac levaria a vaga na berlinda. O Mundial termina no domingo (20) e para os outros brasileiros pode servir de prognóstico para a disputa de vagas continentais nos Jogos Pan-Americanos de Santiago 2023.

+ Guia Olímpico da Vela em Paris-2024

O Mundial de Tiro começa nesta quinta-feira (17) em Baku, capital do Azerbaijão. Logo no primeiro dia serão disputadas as finais das provas de Pistola de Ar de 10m feminina e masculina, distribuíndo portanto vagas olímpicas. O Mundial será disputado ao longo de duas semanas até o dia 31. O Brasil não tem nenhum grande

O Brasil já tem uma vaga garantida, com Philipe Chateaubrian na pistola de ar 10m, mesma especialidade de Felipe Wu. Philipe não pode conquistar uma segunda cota, mas Felipe pode garantir uma segunda vaga para o Brasil na prova.

+ Guia Olímpico do Tiro em Paris-2024

Além deles disputam o Mundial e as vagas: Camilla Cosmoski (fossa olímpica feminina), Georgia Bastos (skeet feminino), Geovana Meyer (carabina de ar 10m e carabina 50m 3 posições feminina). Pelo masculino são os representantes: Cássio Rippel e Eduardo Gonçalves (Carabina 50m 3 posições masculino) Emerson Duarte e Vladimir Silveira (pistola rápida 25m masculino), Hussein Darvich (fossa olímpica masculina), Emilson Menarim e Jaison Santin (fossa olímpica) e Roberth Vieira (skeet masculino).

Pré-olímpico de rúgbi da América do Norte e Central

O pré-olímpico de rugbi da América do Norte e Central será disputado neste fim-de-semana em Langford, Canadá.

No torneio masculino, o time da casa está no grupo B, contra Bermuda e Santa Lúcia. Outros favoritos, os EUA enfrentam Ilhas Caimã e Barbados no grupo A, e Jamaica, México e São Vicente e Grenadinas disputam o grupo C.

+ Guia Olímpico do Rúgbi em Paris-2024

Já no feminino, como os EUA se classificou pela série mundial, o Canadá é super favorito. As donas da casa enfrentam Bemruda, Jamaica, México, Santa Lúcia e São Vicente e Grenadinas em formato todas contra todas.

Interessado em cinema, esporte, estudos queer e viagens. Se juntar tudo isso melhor ainda. Mestrando em Estudos Olímpicos na IOA. Estive em Tóquio 2020.

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