No último sábado (27), Fernanda da Silva, a Fernandinha, estreou no Campeonato Sueco de futebol feminino com o pé direito. Com direito a gol e vitória logo no primeiro jogo do Pitea, a única brasileira da liga, comemorou o retorno aos campos, pós o adiamento do início do torneio pela pandemia de coronavírus.
“A nossa é uma das poucas ligas que estão acontecendo. Ainda bem que voltou, foi a melhor sensação do mundo jogar de novo. A gente já estava ficando maluca (risos)”, celebrou a atacante em entrevista ao Olimpíada Todo Dia.
Fernandinha contou também que torceu o tornozelo no treinamento da última segunda-feira (22) e estava apreensiva para a estreia do Pitea campeonato sueco. “A sensação foi a melhor possível, ainda mais que eu torci o tornozelo na segunda. Então não vinha muito confiante para jogar, muito instável o tornozelo. Mas deu tudo certo, fiz o gol e ganhamos. E vamos que vamos!”
A vida na Suécia
A situação da pandemia de coronavírus na Suécia, no entanto, é completamente diferente da situação do Brasil. Segundo Fernandinha, depois de passar duas semanas no seu país de origem, ela encontrou um cenário oposto no local que é sua casa há oito anos.
“A vida está bem normal. Às vezes eu até brinco perguntando quem é coronavírus, porque aqui você sai na rua e está normal. E aí você vê o Brasil… Passei duas semanas lá, porque tive férias antecipadas por causa da pandemia, e está tudo muito restrito. Aqui é outro mundo, mas claro que todos estão tomando os cuidados necessários”.
A vida na Suécia, no entanto, não é novidade para Fernandinha. Ela deixou o Brasil rumo ao país europeu ainda em 2012, quando tinha 18 anos. E depois de sete temporadas, se transferiu para o Pitea, um dos favoritos ao Campeonato Sueco. E as expectativas são as melhores possíveis.
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“Estou na Suécia desde 2012. Joguei por sete anos em uma cidadezinha ao norte, a mais fria da Suécia e meio que fiquei sete anos ‘escondida’. Vim para cá com 18 anos, mas não sabia falar inglês, tive alguns problemas com o time…No ano passado, o presidente do Pitea me chamou para jogar no time, eu vim, mas tive muitas lesões, não tive oportunidade de jogar, mas consegui pegar ritmo no final da temporada. Esse ano estou bem melhor”.
“Acho bem legal (ser a única brasileira no campeonato), porque a liga feminina da Suécia é uma das melhores que tem. E a gente tem as melhores expectativas possíveis. A gente quer ficar no topo da tabela, mas fácil não vai ser, porque tem muitos times fortes. Então todos os jogos vão ser uma batalha. Mas a gente espera fazer uma boa temporada, temos mais 21 jogos pela frente, e o nosso objetivo é estar no topo da tabela”, concluiu Fernandinha.