Devido à pandemia de coronavírus e as medidas restritivas impostas por ela, a Rússia suspensou os exames anti-doping no país até, pelo menos, 1º de maio. No entanto, a Agência Russa de Anti-Doping (RUSADA) disse que estudará métodos usados em outros países para retomar os testes em meio à pandemia.
Presidente da RUSADA, Margarita Pakhnotskaya disse à agência de notícias oficial russa, TASS, que acredita que “qualquer método de teste que seja seguro para a saúde das pessoas é uma opção de trabalho” durante a atual situação mundial.
As Organizações Nacionais de Anti-Doping dos Estados Unidos e da Noruega estão entre as que desenvolveram maneiras de testar atletas durante a pandemia, na tentativa de preencher as lacunas causadas pelo surto do vírus.
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A Agência dos EUA iniciou testes virtuais, nos quais os atletas recebem kits e realizam a coleta de amostras de sangue ou urina em suas próprias casas. Eles podem receber um telefonema a qualquer momento para realizar o exame e devem enviar as amostrar ao laboratório.
Na Noruega, uma van especial vem sendo utilizada para realizar os exames anti-doping. O veículo é dividido em duas seções: atletas e médicos entram por lados diferentes ao coletar amostras, mas mantêm contato visual.
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A Rússia já tem mais de 52 mil casos e mais de 450 mortes por coronavírus. Vale ressaltar que as medidas se isolamento foram introduzidas mais tarde do que outros países.
A presidente da RUSADA explicou também que a entidade está adquirindo roupas de proteção especiais para os oficiais de controle anti-doping para quando os exames foram retomados.
“Compartilhamos as preocupações de nossos colegas de outros países à luz da redução significativa dos testes devido à pandemia de coronavírus. Praticamente todo mundo se viu simultaneamente em um limbo, mas, apesar disso, os especialistas ainda estão tentando implementar seus programas anti-doping. A situação está longe de ser comum”, completou a presidente Pakhnotskaya.
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Surgiram preocupações no mundo esportivo sobre a possibilidade de atletas tentarem explorar a falta de testes realizados em todo o mundo e tentarem se beneficiar disso. A Agência Mundial Antidopagem (AMA-WADA na sigla em inglês), porém, já afirmou que acompanha de perto a situação para garantir que as competições, assim que retomadas, sejam as mais limpas possíveis.