Assim como milhões de pessoas ao redor do mundo, Robert Scheidt está confinado em casa, com a família, na Itália, mas encontrou uma forma de colaborar na luta contra o coronavírus. O dono de cinco medalhas olímpicas vai assinar uma série limitada de camisetas e a renda será revertida para a compra de viseiras usadas por profissionais da área da saúde no tratamento de pacientes infectados pela doença.
A edição especial terá 100 camisetas com proteção contra os raios UV 50+ e as peças terão estampa exclusiva em comemoração à participação de Scheidt em sua sétima olimpíada, agora programada para julho de 2021.
As camisetas estão em pré-venda no site da empresa por R$ 110,00. A ação faz parte do projeto ‘Use o Vento na Direção Certa’ e as entregas aos compradores serão feitas a partir de 1 de junho. “É muito importante estarmos unidos nesse momento, mesmo cada um em sua casa, e fico feliz em pode colaborar de alguma forma com os profissionais que estão na linha de frente no combate ao coronavírus”, afirma Robert.
Tóquio 2021
Com a mudança da data dos Jogos Olímpicos de Tóquio para 2021, Scheidt terá que refazer toda sua programação. Para isso, precisa esperar o fim das medidas de isolamento para poder voltar a velejar. A espera para competir em sua sétima Olimpíada, porém, não trará problemas. Nem mesmo quanto a idade, já que terá 48 anos em julho de 2021.
“Não vejo uma grande diferença de competir com 45, 46, 47 ou 48 anos. Lógico que eu gostaria de ter 25 anos de idade, estar no auge da carreira, mas eu fiz a Olimpíada do Rio (em 2016) com 43 e me comprometi a fazer a do Japão com 47. Nesse ano a mais, vou poder identificar em que pontos posso melhorar”, destacou.
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Dono de cinco medalhas olímpicas em duas classes (Laser e Star), Scheidt sabe como preparar o corpo e a mente para novos desafios. “Tenho experiência de ficar um tempo ausente de competições e voltar. Já fiz muito ‘comebacks’ na carreira, porque tive várias mudanças de categoria ou fiquei parado por lesão. Para mim não é novidade ter que dar uma parada e alterar radicalmente o meu calendário de competições, já estou acostumado”, explicou o velejador,.
Enquanto aguarda o retorno da normalidade da situação na Itália, um dos países mais afetado pelo coronavírus, Scheidt segue uma rotina para manter o preparo físico, com exercícios físicos, alternando entre aeróbicos e de força.
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Scheidt reafirmou ainda considerar a decisão do Comitê Olímpico Internacional (COI) e do governo japonês a mais acertada. “O adiamento foi a decisão correta. Infelizmente, o mundo vive um momento muito triste e a saúde é a prioridade. Além disso, é preciso considerar a possibilidade de preparação de maneira igualitária. Alguns ainda conseguem treinar e outros não, e outras implicações, como processos seletivos. Por tudo isso, o COI optou pelo caminho certo”, finalizou.