Dez brasileiros estão “presos” no Equador e não conseguem regressar ao Brasil por causa da pandemia de coronavírus que contagia o mundo. Victor Viana, integrante da equipe de natação paralímpica da categoria S7, divulgou um vídeo nesta quinta-feira (26) em sua conta no instagram. Nela, fez um apelo para que o governo brasileiro tome a dianteira e os ajudem nesse retorno ao país.
Junto com ele estão os nadadores Cecília Araújo, Raquel Viel, Felipe Caltran, Lucilene Sousa, Alan Augusto, Andrey Mandeira, Tais Bobato, André Luiz e o técnico Antônio Luiz. Todos fazem parte da APIN, que ganhou o prêmio de melhor equipe de natação paralímpica em 2019.
Na postagem, Victor contou que seu primeiro vídeo alcançou pessoas do grande escalão, como o presidente Jair Bolsonaro, e que ele teria liberado um avião para eles.
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“Ainda estamos presos aqui no Equador e temos boas e má notícias: a boa é que a embaixada (brasileira) recentemente falou que todos os nossos documentos estão certos. Já enviaram o salvo-conduto, assinamos e mandamos de volta. Preenchemos todos os tipos de formulários que nos mandaram. Já fizemos tudo que estava ao nosso alcance. O problema é que realmente precisamos pressionar tanto o Ministério da Defesa quanto o Itamaraty. Essa é a parte ruim da história. Liberaram o avião para a gente, mas cadê esse avião? Estamos aqui desde sábado, dia 21, e até agora não temos nenhuma informação. Não temos nem data nem hora. Não temos nada”, pediu o atleta amazonense, campeão Brasileiro dos 50m borboleta.
De acordo com Victor, a embaixada brasileira confirmou que só está faltando o avião para resgatá-los. “Não aguentamos mais ficar aqui. Mesmo estando em equipe, a questão psicológica está muito abalada. Estamos isolados em um hotel, sem o conforto de casa e com saudades da família. Precisamos que o Ministério da Defesa e o Itamaraty olhem para nós novamente. Já olharam, mas aparentemente esqueceram. Temos atletas aqui com necessidades especiais e mesmo assim parece que esqueceram da nossa situação. Não viemos para cá a passeio. Nós viemos a trabalho com o sonho de representar o Brasil”, disse o esportista.
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Por fim, o nadador revela que estão sendo ajudados pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e pela prefeitura da Indaiatuba, local onde treinam. “Estamos tendo o apoio da prefeitura e do CPB porque senão sabe lá onde estaríamos. Com essa ajuda estamos tendo teto e alimentação, mas psicologicamente não é bom para nós. Estou falando por mim e por toda equipe. A gente só quer voltar para a casa e passar esse momento tão difícil que o mundo está passando ao lado da nossa família e nem isso estamos conseguindo”, finalizou Victor.