“Estamos fazendo aqui um legado antecipado. Acho que é algo até inédito na história das Olimpíadas. Abrimos uma das áreas mais pobres do Rio para a população fazer uso e poder aproveitar o verão”
Prefeito do Rio, Eduardo Paes, em declaração dada à imprensa durante a inauguração do Parque Radical, no Complexo Esportivo de Deodoro, na última quarta-feira, ao lado do ministro do Esporte, George Hilton. A instalação, que receberá as provas de canoagem slalom durante os Jogos Olímpicos do Rio 2016, servirá de área de lazer para a população da região até 1º de março de 2016, quando então será entregue ao comitê organizador dos Jogos.
Apesar de ter realmente ter cumprido uma promessa, ou seja, entregar um futuro equipamento olímpico para que o cidadão carioca possa utilizá-lo antes das Olimpíadas (o que é digno de elogios), Paes acabou se empolgando demais e foi traído pela memória. A verdade é que o ato do último dia 23 não teve nada de inédito.
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Segundo reportagem publicada pelo Lance!, esta não foi a primeira vez que um equipamento olímpico foi aberto ao público geral antes dos Jogos. Antes das Olimpíadas de Londres 2012, o circuito de canoagem slalom Lee Valley White também foi aberto para o uso da população, um ano antes da abertura do mega-evento. O Parque Radical ficará aberto entre quartas-feiras e domingos até 1º de março, das 8h às 18h. A entrada é gratuita. Ele tem capacidade para receber até três mil pessoas por dia. A obra, que foi paga pelo Governo Federal, custou um total de R$ 647 milhões.
As provas de canoagem slalom no Rio 2016 estão previstas para acontecer entre os dias 7 a 11 de agosto de 2016. Os ingressos variam de R$ 50,00 a R$ 260,00 (valores mais altos nos dias em que serão realizadas as finais) e ainda há bilhetes para todos os setores do estádio de canoagem. A grande esperança brasileira nesta prova é a paranaense Ana Sátila, de 19 anos, que foi ouro na canoa (C1) e prata no caiaque (K1) durante os Jogos Pan-Americanos de Toronto, no mês de julho.
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