Coluna Diário Esportivo, publicada na edição de 28 de maio do Diário de S. Paulo
Nada surpreendente a lista de convocados da seleção brasileira masculina de basquete, divulgada ontem pelo técnico argentino Rubén Magnano. Assim como Dunga não causou nenhum espanto ao anunciar os 23 nomes do time que brigará pelo hexacampeonato na Copa do Mundo da África do Sul, a relação dos atletas chamados por Magnano para o Sul-Americano da Colômbia e para o Mundial da Turquia seguiu a lógica.
Mas (sempre tem um mas…), entre os 24 jogadores que Magnano escolheu o Sul-Americano, de 26 e 31 de julho, existem dois que podem ser classificados como “apostas de risco”: o armador Nezinho, do Universo/BRB, e o ala Marquinhos, do Sutor Montegranaro, da Itália.
Para aqueles que têm memória curta, os dois protagonizaram os momentos mais lamentáveis da história recente do basquete masculino brasileiro, durante o Pré-Olímpico das Américas de Las Vegas, em 2007. Marquinhos é aquele que ao chegar ao Brasil, após ter sido cortado por contusão, disse cobras e lagartos, criticando especialmente o técnico Lula Ferreira. Já Nezinho deixou o treinador com cara de tacho, ao se recusar a entrar em quadra nos minutos finais do jogo contra o Uruguai, como forma de protesto por não estar sendo aproveitado.
É óbvio que estas duas cascas de banana não serão os astros do time de Magnano. Para isso, ele se apoia em Nenê, Leandrinho, Varejão, Thiago Splitter, Huertas, Guilherme e Alex. Ainda bem. E que Marquinhos e Nezinho saibam aproveitar esta chance, pois pode ser a última.
A coluna Diário Esportivo, assinada por este blogueiro, será interrompida durante a Copa do Mundo e voltará a ser publicada no Diário de S. Paulo no dia 16 de julho
Foto: Nezinho (à esquerda), do Universo/BRB, recebeu uma nova chance na seleção brasileira