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Jade e CBG ainda estão longe da paz

Coluna Diário Esportivo, publicada na edição de 5/06 do Diário de S. Paulo

Após muitas idas e vindas, troca de acusações e até mesmo ameaças de processos, eis que a polêmica envolvendo a ginasta Jade Barbosa e a Confederação Brasileira de Ginástica (CBG) pode estar perto do fim. Nota publicada ontem no site Globoesporte.com mostra que a supervisora da seleção brasileira, Georgette Vidor, acena com a possibilidade do retorno de Jade à equipe, assim que ela tenha condições físicas de competir. Mas para isso, há uma exigência. Segundo Georgette, Jade precisaria esquecer de vez todos os problemas que teve com a antiga administração da CBG e retornar com o espírito desarmado à seleção. Ah, então tá bom, dona Georgette!

Falta de consideração

Em primeiro lugar, tal exigência soa até como um desrespeito à atleta, que teve constatada uma séria lesão no punho direito, agravada justamente pela falta de cuidado da CBG no período de preparação para as Olimpíadas de Pequim. Além disso, Jade passou por um tremendo processo de desgaste pessoal, cujo pior momento foi quando seu pai, César Barbosa, trocou acusações públicas com os dirigentes.

E a própria desculpa de que a polêmica de Jade ocorreu com a administração anterior da CBG não cola. Afinal, a atual presidente da entidade, Maria Luciene Resende, era a vice de Vicélia Florenzano, sua antecessora. Ou seja, tem uma parcela de responsabilidade no caso, sim. Pelo jeito, vai demorar um pouco para que Jade Barbosa e a CBG possam se entender.

A coluna Diário Esportivo, assinada por este blogueiro, é publicada às sexta-feiras no Diário de S. Paulo

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