Coluna Diário Esportivo, publicada na edição de 17 de outubro do Diário de S. Paulo
Mais um sonho desfeito
A semana começou com uma péssima (mais uma!) notícia para o basquete brasileiro. O pivô Rafael Araújo, o Baby, viu mais uma vez ruir o sonho de brilhar na NBA, a liga profissional de basquete dos EUA, ao ser dispensado na última segunda-feira do Minnesota Timberwolves, que se prepara para a temporada 2008-09. O pior é que Baby havia sido contratado somente 14 dias antes! O brasileiro, desta forma, encerrou de forma nada gloriosa sua terceira tentativa de realizar o “sonho americano” tendo disputado apenas duas partidas da pré-temporada, nas quais esteve em quadra por cinco minutos no total, marcou um ponto e recuperou dois rebotes.
Na verdade, o destino parece não conspirar muito a favor deste gigante paranaense de 2m11. Ao menos em relação à NBA, já que no forte basquete universitário americano construiu sólida carreira, onde obteve médias superiores a 18 pontos e 10 rebotes por jogo, atuando pela Brigham Young University (BYU). Graças a este currículo, foi convocado pelo então técnico Hélio Rubens Garcia para integrar a seleção brasileira que fez apagada participação no Mundial de Indianápolis, em 2002.
Foi quando levou a primeira rasteira do tal destino, ao ter dado positivo para o anabolizante nandrolona, que lhe rendeu uma suspensão de dois anos para jogos internacionais. Em 2004, Baby viveu seu grande momento: foi a oitava escolha no draft da NBA, sendo selecionado pelo Toronto Raptors. Mas nem de longe repetiu o brilho do período universitário.
Números modestos
Rafael Baby Araújo foi apenas um mero coadjuvante nas duas temporadas em que atuou pelo Raptors. Das 111 partidas que disputou, foi titular em apenas 75 delas. Dispensado em 2006, no ano passado conseguiu uma nova chance no Utah Jazz. Participou de 33 partidas pelo time de Salt Lake City. Mas o saldo final de Baby na NBA não é nada animador: em três temporadas, seu tempo médio em quadra foi de 11,4 minutos, marcou 2,8 pontos por partida e recuperou 2,8 rebotes por jogo.
Início complicado
Já os demais brasileiros na NBA também não estão tendo vida fácil às vésperas da nova temporada. O armador Leandrinho, do Phoenix, só agora retornou aos treinos, após passar um período no Brasil, acompanhando a mãe hospitalizada. O pivô Nenê, do Denver, briga com a balança para perder peso: passou de 126 para 119,7kg. Já o ala/pivô Ânderson Varejão padece com a má fase de seu time, o Cleveland , que perdeu os três jogos que disputou na pré-temporada.
Voa, Bolt!
Estudo realizado por cientistas americanos mostram que ao bater o recorde dos 100m rasos com 9s69 em Pequim, o jamaicano Usain Bolt igualou a maior velocidade já atingida por um ser humano: 43,902km/h. Imagine então se ele não brincasse no final da prova…
A coluna Diário Esportivo, assinada por este blogueiro, é publicada todas às sextas-feiras no Diário de S. Paulo