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AO VIVO: ELEIÇÃO DO COB – PAULO WANDERLEY X MARCOS LA PORTA

A partir das 9h desta quinta-feira (3), o Olimpíada Todo Dia vai acompanhar ao vivo a eleição para presidente do Comitê Olímpico do Brasil

O Olimpíada Todo Dia vai acompanhar ao vivo a partir das 9h da manhã desta quinta-feira, 3 de outubro, a eleição para presidente do Comitê Olímpico do Brasil. No estúdio, estarão o apresentador Rafael Zito e os comentaristas Wesley Félix e Juliana Yamaoka. Direto do Rio de Janeiro, Fernando Gavini e Felipe Ramos vão trazer ao vivo tudo o que estiver acontecendo no Maria Lenk, local da votação.

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O programa terá participação também dos jornalistas Marcelo Laguna e Gustavo Rezende (Piu Esportes), de Daniela Castro, do Pacto pelo Esporte, e dos especialistas em olimpismo Kátia Rubio e Alberto Murray.

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A ELEIÇÃO

Depois de ser presidente da Confederação Brasileira de judô por 16 anos, Paulo Wanderley Teixeira entrou no Comitê Olímpico do Brasil como vice na chapa que elegeu Carlos Arthur Nuzman para seu sexto mandado em outubro de 2016. Um ano depois, entretanto, Nuzman renunciou ao cargo por conta de denúncias de corrupção na escolha do Rio de Janeiro como sede dos Jogos Olímpicos de 2016.

CHAPAS

Paulo Wanderley foi então conduzido à presidência do COB e completou em 2020 o mandato que herdou de Nuzman. Ex-presidente da Confederação Brasileira de triatlo, Marco La Porta, por sua vez, entrou no COB em 2018, quando venceu a eleição para vice-presidente e assumiu o cargo que tinha ficado vago com a ida de Paulo Wanderley para a presidência.

La Porta foi chefe de missão dos Jogos Pan-Americanos e se juntou a Paulo Wanderley na eleição de 2020, a primeira do COB desde 1979 que não seria disputada por candidatura única. Juntos, eles venceram Rafael Westrupp, do tênis, que tinha Emanoel Rego, campeão olímpico do vôlei de praia como vice, graças ao apoio da Comissão de Atletas, que votou em bloco na chapa da situação. Foram 26 votos para Paulo Wanderley, 12 deles vindos dos atletas, contra 20 de Rafael Westrupp. Naquela oportunidade, se fosse depender apenas dos votos das confederações, o vencedor seria o cartola da Confederação Brasileira de Tênis.

ROMPIMENTO

O então vice de Paulo Wanderley, Marco La Porta começou a romper com a atual gestão no momento em que foi voto vencido na decisão de demitir Jorge Bichara, considerado o grande responsável pela campanha histórica nos Jogos Olímpicos de Tóquio, da diretoria de esportes. A partir de então, Marco La Porta, que tinha sido chefe de missão também em Tóquio, foi escanteado pelo presidente e passou apenas a exercer um papel secundário dentro da diretoria.

O rompimento total aconteceu quando Marco La Porta, que nunca escondeu o desejo de ser presidente do COB, percebeu que não teria o apoio de Paulo Wanderley em sua candidatura. Mais do que isso, o atual presidente decidiu se candidatar à reeleição. Ele argumenta que só foi eleito uma vez como presidente e que por isso pode concorrer novamente. O argumento foi aceito pelo Comitê de Ética e pelo Comitê Eleitoral e assim Paulo Wanderley vai participar da eleição, tendo como vice Alberto Maciel Júnior, da Confederação Brasileira de Taekwondo.

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Entretanto, o argumento é contestado por entidades ligadas ao esporte como Atletas pelo Brasil, Pacto pelo Esporte e pela própria Comissão de Atletas do COB, que promete votar em bloco na chapa de oposição, que tem Marco Laporta como candidato a presidente e a medalhista olímpica Yane Marques como vice. A tese de irregularidade na candidatura de Paulo Wanderley é reforçada por pareceres da Advocacia Geral da União de 2020 e de 2021.

CANDIDATURA CONTESTADA

Quem contesta a candidatura de Paulo Wanderley diz que ela contraria o que diz os artigos 18-A da Lei Pelé, 36 da Lei Geral do Esporte e o próprio estatuto do COB e que a reeleição pode interromper os repasses públicos ao esporte olímpico brasileiro.

As cartas estão na mesa! O colégio eleitoral é formado por 55 pessoas: os presidentes das 34 confederações, dois membros do Comitê Olímpico Internacional, o ex-jogador de vôlei Bernard e o presidente do Comitê Paralímpico Internacional, Andrew Parsons, além dos 19 esportistas que fazem parte da comissão de atletas.

Em caso de vitória de Marco La Porta, não vai ter o que discutir depois que as urnas forem apuradas. Agora, se Paulo Wanderley vencer, existe o risco de judicialização da eleição e a definição da disputa vai acabar acontecendo apenas nos tribunais.

Fundador e diretor de conteúdo do Olimpíada Todo Dia

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