O Comitê Olímpico do Brasil (COB) realiza nesta quinta-feira (03) eleições para presidente, vice-presidente e oito integrantes do Conselho de Administração. A eleição ocorrerá no Centro de Treinamento da entidade, na Zona Oeste do Rio de Janeiro (RJ), a partir das 9h30 (horário de Brasília). Paulo Wanderley e Alberto Maciel Júnior; e Marco Antônio La Porta e Yane Marques formam as duas chapas inscritas para os cargos principais, com mandato que irá de janeiro de 2025 até dezembro de 2028.
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Todos os candidatos passaram por duas checagens para terem a candidatura oficializada, uma documental e outra de integridade. Atualmente, a Assembleia Geral do COB é composta pelos 34 presidentes das Confederações Olímpicas de Verão e Inverno filiadas ao COB; pelos dois membros brasileiros do Comitê Olímpico Internacional (COI) – Andrew Parsons e Bernard Rajzman; e por 19 representantes da Comissão de Atletas.
Além dos cargos de Presidente e Vice-presidente, serão escolhidos sete membros do Conselho de Administração representantes das Entidades Nacionais de Administração do Desporto (ENADs) filiadas integrantes dos programas olímpicos de Verão e de Inverno e um membro independente do Conselho de Administração pelos próximos quatro anos.
Polêmica na corrida eleitoral
Antes mesmo de ser iniciada, esta eleição já deu muito o que falar. A candidatura de Paulo Wanderley foi motivo de muita discussão ao longo da corrida eleitoral. Ele é o atual presidente do COB e assumiu o comando da entidade em 2017, após renúncia de Carlos Arthur Nuzman, de quem era vice-presidente. Em 2020, PW concorreu à eleição e saiu vencedor, iniciando um novo mandato a partir de 2021, que permanece em vigor até os dias atuais – será encerrado no ano que vem.
Diversos atletas e grupos, como a Pacto pelo Esporte, a Comissão de Atletas do COB e a Atletas pelo Brasil; e políticos, como o deputado federal Luiz Lima (PL-RJ), questionaram a regularidade da candidatura. Para eles, há o descumprimento do próprio estatuto do COB e do Artigo 18-A da Lei Pelé, que prevê o limite máximo de oito anos no cargo de liderança da entidade. A preocupação é que um novo mandato de Paulo Wanderley possa culminar no cancelamento de recursos públicos para o COB.
A Comissão Eleitoral liberou a candidatura, se apoiando nas aprovações dos Comitês de Conformidade e de Ética do COB, que deram aval à chapa de Wanderley. Os comitês entendem que o seu primeiro mandato como dirigente ocorreu em 2020 e, dessa forma, um novo mandato do dirigente estaria de acordo com a legislação.
Conselho de Administração
O Conselho de Administração é o responsável pela definição da estratégia e pelas boas práticas de governança dentro do COB. É composto, além do membro independente, pelo presidente do COB; pelos membros brasileiros do COI; pelos presidentes e pelo vice-presidente da Comissão de Atletas; e por sete presidentes das Entidades Nacionais de Administração do Desporto filiadas ao COB.
Os presidentes de ENADs que concorrem na eleição aos sete assentos no Conselho de Administração são:
- Ernesto Teixeira Pitanga (Triathlon)
- Felipe Tadeu Moreira Lima do Rêgo Barros (Handebol)
- Flavio Cabral Neves (Wrestling)
- Flavio Padaratz (Surf)
- João Luiz Araújo da Cruz (Tiro com Arco)
- Jodson Gomes Edington Junior (Tiro Esportivo)
- José Roberto Santini Campos (Badminton)
- Karl Anders Ivar Pettersson (Desportos na Neve)
- Magali Moreira de Souza Oliveira (Remo)
- Patric Machado Tebaldi (Dança Desportiva)
- Radamés Lattari Filho (Voleibol)
- Rafael Girotto (Canoagem)
O Membro Independente do Conselho de Administração é aquele que não mantém ou manteve nos últimos dois anos qualquer vínculo econômico ou jurídico com entidades do Sistema Nacional do Desporto, bem como seus parentes, afins ou consanguíneos, até o segundo grau.
Os candidatos inscritos para essa vaga são:
- Daniela Rodriguez de Castro
- Ricardo Leyser Gonçalves
- Willian Miotto Nadir
*Com informações do Comitê Olímpico do Brasil (COB)