O deputado federal e ex-nadador Luiz Lima (PL-RJ) enviou um ofício endereçado ao Ministério do Esporte tratando sobre as eleições no Comitê Olímpico do Brasil (COB). No documento, o deputado cobra medidas da pasta sobre a irregularidade na chapa da situação do COB, que é encabeçada pelo atual presidente Paulo Wanderley.
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Segundo o deputado, Paulo Wanderley não poderia se candidatar para reeleição do COB porque já ultrapassou o limite máximo de oito anos estabelecidos no estatuto da própria entidade e previsto pela Lei Pelé (9.615/98). Wanderley ocupa a presidência do Comitê desde 2017, quando assumiu o cargo após a renúncia de Carlos Arthur Nuzman.
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“Minha preocupação vem, sim, da potencial quebra do espírito da Lei nº 9.615/98, conhecida como Lei Pelé. Essa legislação, ao regular o esporte brasileiro, estabelece princípios e regras fundamentais que regem a prática esportiva, com especial foco na gestão das entidades esportivas”, diz Luiz Lima no ofício.
Aprovação do Conselho de Ética do COB
Desde que surgiu a possível candidatura de Paulo Wanderley a reeleição, a chapa de oposição, assim como alguns atletas, questionam a regularidade do pleito. Na última semana, o Conselho de Ética do COB deu aval à chapa de Wanderley, entendendo que o seu primeiro mandato como dirigente ocorreu em 2020.
“Mais do que isso, a decisão do Sr. Paulo Wanderley, além de ferir os princípios da lei, representa uma afronta ao Congresso Nacional, que ao discutir e aprovar tais leis buscou impedir exatamente o que o Sr. Paulo Wanderley busca no momento, que é a perpetuação de dirigentes no poder das entidades esportivas”, afirma o deputado.
Vésperas da votação
A votação para eleição do Comitê Olímpico do Brasil para ciclo de Los Angeles 2028 está marcada para o próximo dia três de outubro. O pleito acontece na Assembleia Geral, que será realizada no Centro de Treinamento do COB, zona oeste do Rio de Janeiro. Duas chapas concorrem: As Paulo Wanderley e Alberto Maciel Júnior são da situação, enquanto Marco La Porta e Yane Marques da oposição.
“Acredito que medidas devem ser tomadas pelo Ministério do Esporte para garantir o cumprimento da legislação e evitar o enfraquecimento das práticas de boa governança esportiva no país. Recomendo que o Ministério do Esporte se manifeste sobre o assunto”, diz o trecho final do documento. Confira o ofício completo.