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Wlamir Marques eterniza suas mãos no Hall da Fama do COB

Um dos maiores nomes do basquete brasileiro e mundial, Wlamir Marques comemorou a entrada no Hall da Fama do COB no dia em que completa 84 anos

Wlamir Marques
Dvulgação

O Hall da Fama do Comitê Olímpico do Brasil ganhou, oficialmente, mais um integrante, nesta sexta-feira (16). Indicado na turma de 2020, Wlamir Marques é um dos líderes da geração mais vitoriosa do basquete masculino do Brasil. O ala, também conhecido por “Diabo Loiro”, representou a seleção por duas décadas, tem no currículo duas medalhas olímpicas e agora, finalmente, eterniza suas mãos em cerimônia realizada no mesmo dia em que completa 84 anos. 

“É uma felicidade poder fazer hoje essa homenagem ao Wlamir e sua família. É muito importante valorizar todos os títulos que o Wlamir conquistou como atleta e pela maneira que ele sempre levou a vida, de forma correta e íntegra. São poucos atletas que, além de terem uma carreira vitoriosa, conseguem também com sua história inspirar outras pessoas a seguir no caminho do esporte, utilizando-o como ferramenta para divulgar os valores olímpicos de amizade, excelência, respeito. E ele conseguiu isso. Foi escolhido como um dos 10 maiores atletas da história do basquete brasileiro”, conta o campeão olímpico e diretor-geral do COB, Rogério Sampaio.

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Palavra do “Diabo Loiro”

Wlamir Marques comemorou sua entrada para o Hall da Fama e o aniversário em Tatuapé, São Paulo, na companhia da filha Susi Marques, do genro Nedo Bianchini, da neta Fernanda Marques e de seu marido, Rafael Ribeiro. O ídolo do basquete recebeu a homenagem do também campeão olímpico e diretor-geral do COB, Rogério Sampaio.  

“Me sinto muito honrado com essa homenagem em vida, sinto muito feliz por ter sido eleito por unanimidade e pode ter certeza que se meu coração já não é muito bom, ele está balançado cada vez mais com o Brasil sempre presente. Muitas histórias já estão em livro. Queria falar da emoção de estar aqui sentado recebendo a homenagem de um campeão olímpico, meu conterrâneo. Não vejo que eu tenho futuro. Eu tenho o hoje e hoje é um grande dia. Quero que essa homenagem seja transferida a todos aqueles atletas que estiveram ao meu lado ou contra mim. E aqueles que jogaram contra mim, eu tenho toda a honra de cumprimentá-los, porque eles me fizeram cada vez melhor. Peço que estendam à minha geração, a geração de ouro, que foi medalhista olímpica e campeã do mundo, a representação nesta placa, nesta homenagem que recebo hoje”, diz Wlamir Marques.  

Wlamir Marques foi bicampeão mundial defendendo o basquete brasileiro e está no Hall da Fama do COB
Wlamir Marques foi bicampeão mundial defendendo o basquete brasileiro (Acervo/CBB)

Quem é Wlamir Marques

O ala Wlamir Marques representou a seleção por duas décadas, tendo duas medalhas olímpicas no currículo: bronze em Roma 1960 e Tóquio 1964, em que foi porta-bandeira da delegação brasileira tanto na cerimônia de abertura quanto na de encerramento, mas também participou de duas outras edições: foi 6º em Melbourne 1956 e 4º na Cidade do México 1968. Com 10 anos, Wlamir Marques já jogava pelo Tumiaru, time de sua cidade natal, São Vicente (SP). Em 1953, passou a jogar pelo XV de Piracicaba, onde aprimorou o seu jogo, até que, aos 25 anos foi contratado pelo Corinthians, em 1962. Desde 2016, Wlamir dá nome ao Ginásio Poliesportivo do Parque São Jorge. Já campeão mundial, foi negociado numa troca por um jogador de futebol do Corinthians, o atacante Ubiracy. Pelos dois clubes, Marques foi 10 vezes campeão do Paulista.

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Mas as maiores glórias da carreira vieram ao lado de ídolos como Amaury Passos, Algodão, Rosa Branca e Ubiratan, a geração mais vitoriosa do basquete brasileiro que conquistou, além das duas medalhas olímpicas, os títulos nos Mundiais Santiago 1959, em que foi eleito o melhor jogador do torneio, e Rio 1963 e o vice no Rio 1954 e em Ljubljana 1970. Wlamir ainda faturou a medalha de prata nos Jogos Pan-americanos de São Paulo 1963 e as de bronze nos Pan-americanos do México 1955 e Buenos Aires 1959.

Fora das quadras

Depois da aposentadoria, deu início à carreira como técnico em Limeira. Dirigiu tanto times masculinos (Jundiaí, Corinthians, Campinas, Palmeiras, Hebraica, Cerquilho e Pinheiros), quanto femininos (Corinthians, XV de Piracicaba e São Caetano). Foi três vezes campeão paulista feminino e uma vez masculino. Isso sem falar nas inúmeras vezes em que atuou como comentarista de televisão, a partir de 1982.

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Eleito o 9º maior atleta brasileiro de todos os tempos, em uma lista de 50 nomes publicada em 2010 pela Revista ESPN, foi premiado com a Cruz do Mérito Esportivo (1953) e Troféu Heims de Melhor da América do Sul (1961).

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