O COB (Comitê Olímpico de Brasil) lançou, nesta terça-feira (8), dia de seu aniversário, a área digital do Hall da Fama da entidade. Disponível no portal do COB, o espaço traz perfis detalhados, até o momento, de 13 homenageados, com grande acervo de fotos e vídeos conseguidos juntos ao Comitê Olímpico Internacional (COI) e às Confederações Brasileiras. São arquivos pessoais e de jornais e TVs que cobriram os principais eventos na época em que atuavam, além de filmes do dia em que os esportistas deixaram as marcas de seus pés ou mãos. Nesse espaço, a torcida poderá deixar mensagens para os ídolos. E o objetivo do Hall da Fama do COB é manter uma biografia completa dos homenageados e, assim, promover o Olimpismo no país.
“Convido a todos a visitar e se deliciar com as grandes histórias dos maiores nomes do esporte olímpico do Brasil. Trabalhamos muito para que este espaço seja não apenas uma fonte de informação, mas também uma fonte de inspiração para todos nós que amamos e vivemos esporte”, disse Rogério Sampaio, ex-atleta e atual diretor geral do COB.
+Henrique Avancini desiste de etapas da Copa do Mundo visando Tóquio
“O projeto do Hall da Fama do COB foi criado para reconhecer grandes atletas brasileiros, que construíram, com muito sacrifício, uma tradição de medalhas olímpicas que temos hoje. A conquista de uma medalha era muito difícil. Hoje, o Brasil já vai para os Jogos com uma expectativa maior. Isso só foi possível com a participação de grandes atletas que deixaram um grande legado”, completou.
Sobre o Hall da Fama
Criado em 2018, o Hall da Fama visa reconhecer e valorizar a trajetória dos nossos heróis olímpicos. O projeto foi lançado durante a 20ª edição do Prêmio Brasil Olímpico (PBO), que teve como lema “celebrar o passado, inspirar o presente e conquistar o futuro”. Os primeiros atletas a deixarem suas marcas eternizadas foram Torben Grael (vela), dono de cinco medalhas olímpicas; a dupla Sandra Pires e Jackie Silva (vôlei de praia), primeiras mulheres brasileiras a ganharem ouro nos Jogos; e Vanderlei Cordeiro de Lima (atletismo), único brasileiro a receber a medalha Pierre de Coubertin, maior honraria do Comitê Olímpico Internacional.
Em 2019, foram incluídos mais nove nomes no Hall da Fama, entre eles Hortência e Paula, campeãs mundiais de basquete em 1994 e prata olímpica em Atlanta 1996; Joaquim Cruz, campeão olímpico de atletismo nos 800m em Los Angeles 1984 e prata olímpica nos 800m em Seul 1988; Maria Lenk (natação), primeira mulher sul-americana a disputar os Jogos Olímpicos, em Los Angeles 1932; e os treinadores de vôlei Bernardinho, bicampeão olímpico; e José Roberto Guimarães, tricampeão olímpico
+ SIGA O OTD NO YOUTUBE, NO INSTAGRAM E NO FACEBOOK
Já em 2020, foram escolhidos mais nove nomes, como Adhemar Ferreira da Silva (atletismo), bicampeão olímpico no salto triplo; Aída dos Santos (atletismo), quarto lugar no salto em altura em Tóquio 1964, melhor resultado individual de uma brasileira em Jogos Olímpicos até Pequim 2008; Sebastián Cuattrin (canoagem velocidade), 11 medalhas em Jogos Pan-americanos; Tetsuo Okamoto (natação); primeiro medalhista olímpico da natação brasileira: bronze nos 1.500m livre, em Helsinque 1952; e Mário Jorge Lobo Zagallo, bronze em Atlanta 1996 e único profissional a ter participado de quatro das cinco campanhas vitoriosas do Brasil em Copas do Mundo.
Como são escolhidos os homenageados no Hall da Fama?
A homenagem é feita a personagens que contribuíram de maneira marcante com o esporte olímpico brasileiro, promovendo o Olimpismo e inspirando novas gerações. Todo ano, o Comitê Executivo do COB recebe indicações de novos nomes que deverão corresponder aos seguintes critérios:
– O atleta deve ter, no mínimo, cinco anos de aposentadoria e ter participações relevantes em Jogos Pan-Americanos ou Olímpicos;
– Os técnicos devem ter, no mínimo, 10 anos atuando no alto rendimento e ter contribuído para participações relevantes em Jogos Pan-Americanos ou Olímpicos;
– Todos devem ter promovido o olimpismo, vivenciando ao longo da carreira os valores olímpicos de respeito, coragem, igualdade, determinação, superação e busca por excelência, servindo de inspiração para as novas gerações.
Hall da Fama físico
O projeto agora parte para o próximo passo, a criação de um espaço físico onde as homenagens estarão à mostra. A ideia é que esse museu seja no Centro de Treinamento Time Brasil, num espaço aberto à visitação pública. Será um mural onde os moldes das mãos ou pés dos homenageados ficarão disponíveis. Todos terão um QR Code que levará os visitantes à página do homenageado no portal.
“O Hall da Fama do COB visa ocupar uma lacuna de reconhecimento e valorização de ídolos do esporte do país. Nosso objetivo é ressaltar os feitos e glórias dos grandes atletas e treinadores brasileiros. Os homenageados até agora representam uma grande variedade de modalidades e diferentes épocas do esporte brasileiro, o que garante aos fãs e curiosos que acessarem o espaço, uma deliciosa viagem na história do Olimpismo no Brasil”, concluiu o presidente do COB, Paulo Wanderley.