Atual vice-presidente da CACOB (Comissão de Atletas do COB – Comitê Olímpico do Brasil), Yane Marques subiu de cargo e foi escolhida para ser a presidente da entidade no ciclo Paris-2024. A ex-atleta do pentatlo moderno, medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Londres-2012 e bicampeã dos Jogos Pan-Americanos (Rio-2007 e Toronto-2015), ganhou a eleição nesta terça-feira (12) com 73% dos votos.
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Yane Marques, de 37 anos, assume o posto que era ocupado pelo ex-judoca Tiago Camilo, novo Diretor do Centro Olímpico de São Paulo. A ex-atleta do pentatlo moderno venceu o pleito contra Diogo Silva, do taekwondo, e Barbara Seixas, do vôlei de praia. Os dois terminaram com 11% dos votos. Fabiano Peçanha, semifinalista nos 800 m em Pequim-2008 e Londres-2012, será o vice-presidente da CACOB de 2021 à 2024.
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A nova mandatária foi eleita na primeira reunião com os 25 novos integrantes escolhidos em novembro de 2020. “Preparada e disposta para fazer um acompanhamento das nossas demandas de perto e com muito zelo. Comandar a CACOB é a missão que carrego com responsabilidade. Obrigada pela confiança dos 19 membros que me escolheram como liderança do grupo. Feliz e pronta para o combate”, disse Yane Marques.
Desafios e novas conquistas
Por consequência da pandemia do coronavírus, o encontro que definiu Yane Marques como presidente foi realizado virtualmente. Integrante da gestão anterior como vice de Tiago Camilo, a pentatleta terá o desafio de dar sequência aos feitos da administração que se encerra e uma das conquistas foi a atualização do estatuto do COB, que ampliou o número de atletas com direito a voto de 12 para 19.
Além disso, a CACOB deu outro passo relevante que foi a inclusão do presidente e vice como membros do Conselho Administrativo. Em seu blog no “UOL”, Diogo Silva, derrotado por Yane Marques na eleição, destacou que “dentro desses novos voos está a atualização do artigo 50 da Carta Olímpica que proibi manifestações políticas e religiosas na esteira do caso da atleta Carol Solberg, do vôlei de praia”.
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Segundo Diogo Silva, novas conquistas são necessárias. “Entre elas um aporte financeiro para que os atletas possam gerir a pasta com maior autonomia e a ampliação do plano educacional feito pelo IOB (Instituto Olímpico Brasileiro), que hoje atende somente os atletas em transição de carreira. O plano deveria incluir os atletas que participam dos jogos escolares e olimpíadas da juventude”.
Em sua publicação, Diogo Silva revelou que o COB tem orçamento recorde para 2021. “R$ 388 milhões, um aumento de 20% na comparação com 2020. Já as 32 federações olímpicas brasileiras dividirão R$ 150 milhões (o maior valor desde 2001) em recursos referentes ao aporte das loterias federais. É um aumento de 25% na comparação com 2020”, concluiu o ex-atleta, que foi reeleito para a CACOB.