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Paulo Wanderley vence eleição para presidência do COB

Com 26 votos, Paulo Wanderley renova no primeiro turno mandato para mais quatro anos à frente do Comitê Olímpico do Brasil

Paulo Wanderley e Marco La Porta vencem eleição do COB (Miriam Jeske/COB)

O presidente Paulo Wanderley foi reeleito para comandar o COB (Comitê Olímpico do Brasil) por mais quatro anos. Em votação nesta quarta-feira (7), a chapa ‘Força é União’, encabeçada por ele e pelo vice Marco La Porta, venceu ainda no primeiro turno com 26 votos, um acima do mínimo necessário.

“Se tivemos pela primeira vez em décadas três chapas na eleição, se tivemos pela primeira vez a participação fundamental do atleta, isso foi fruto da reforma estatutária que conduzi, junto com o segundo lugar do Pan de Lima, a reforma estatutária é o maior motivo de orgulho desses três anos de gestão”, disse Paulo Wanderley logo após ser eleito.

De acordo com o estatuto do COB, Paulo Wanderley fica no cargo até 2024, logo após a realização da Olimpíada de Paris. Ele assumiu o cargo de presidente da entidade em outubro de 2017 após Carlos Arthur Nuzman ser suspenso pelo COI (Comité Olímpico Internacional). Paulo Wanderley era vice de Nuzman.

“Vivenciar um momento como o dia de hoje, realmente me emociona verdadeiramente e me faz lembrar toda a trajetória desde outubro de 2017 pra cá. O quanto construímos e conquistamos juntos por si só já é uma vitória”, disse o mais novo eleito.

eleição cob paulo wanderley
Apostando na continuidade, Paulo Wanderley foi reeleito na eleição do COB (Divulgação/COB)

“Daremos mais apoio à comissão de atletas do COB, que tem sido fundamental e mostrado amadurecimento, e a demonstração foi hoje. A comissão terá mais apoio jurídico, financeiro e de comunicação, bem como orçamento próprio” disse o presidente da entidade.

1º turno

A expectativa era que a eleição tivesse mais de um turno, mas Paulo Wanderley levou de cara, já que eram necessários 25 para vencer. Rafael Westrupp somou 20 e Helio Meirelles teve apenas dois votos.

Rafael é presidente da CBT (Confederação Brasileira de Tênis), e Hélio, da Confederação Brasileira de Pentatlo Moderno. Os dois apostaram em medalhistas olímpicos como parceiros de chapa: Emanuel Rego, ex-jogador do vôlei de praia, entrou como vice de Westrupp, enquanto Robson Caetano, ex-velocista, de Meirelles.

O colégio eleitoral do COB é formado pelas 35 confederações de esportes olímpicos, 12 integrantes da Comissão de Atletas e mais dois representantes do Brasil no COI (Comitê Olímpico Internacional), que são o ex-jogador de vôlei Bernard Rajzman e o atual presidente do IPC (Comitê Paralímpico Internacional), Andrew Parsons. São 49 votos no total.

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Contudo, a CBHb (Confederação Brasileira de Handebol) não mandou nenhum representante para a eleição.

Conselho de administração

Além da eleição para presidente e vice, também foram escolhidos sete nomes para ocuparem o Conselho de administração do COB e mais um membro independente:

José Luiz Vasconcellos (Ciclismo)
Anders Pettersson (Desportos na Neve)
Matheus Figueiredo (Desportos no Gelo)
Raphael Nishimura (Escalada Esportiva)
Alberto Cavalcanti Jr (Taekwondo)
Silvio Acácio Borges (Judô)
Ernesto Teixeira (Triatlo)
Ricardo Leyser – membro independente

Antes do COB

Potiguar de Caicó (RN), mas criado no Espírito Santo, Paulo Wanderley Teixeira, 70 anos, é graduado em Educação Física e iniciou sua relação com o esporte olímpico aos cinco anos, quando se mudou para Vitória (ES) e teve contato pela primeira vez com o judô. Foi técnico da seleção brasileira da modalidade de 1979 até 1993.

Nesse período atuou como treinador nos Jogos Pan-americanos Havana 1991 e nos Jogos Olímpicos Barcelona 1992. Em 2001, foi eleito presidente da Confederação Brasileira de Judô (CBJ), cargo que ocupou até 2016, quando assumiu a vice-presidência do Comitê Olímpico do Brasil.

Sua gestão à frente da CBJ reaproximou a entidade com atletas e treinadores, desenvolveu a estrutura da modalidade no país, organizou grandes eventos internacionais no país – como os Mundiais adultos de 2007 e 2013, no Rio de Janeiro, e o Mundial por Equipes de 2012, em Salvador – e trouxe 12 medalhas olímpicas para a modalidade, incluindo a primeira do judô feminino, com o bronze de Ketleyn Quadros em Pequim 2008, o inédito ouro de Sarah Menezes em Londres 2012 e o ouro histórico de Rafaela Silva no Rio 2016.

Paulo Wanderley também foi presidente da Federação Espiritossantense de Judô, da Confederação Sul-americana de Judô, da Confederação Pan-americana de Judô e vice-presidente da Federação Internacional de Judô. E ocupa ainda o cargo de Consultor de Honra da Academia Brasileira de Treinadores (ABT).

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